Segurança do idoso está entre os maiores objetivos do Disque 100
Cerca de 16% das pessoas com mais de 60 anos já sofreram algum tipo de violência no Brasil

Depois de anos de trabalho, dedicação à família, histórias e experiência de vida, a pessoa idosa merece aproveitar a terceira idade com conforto, respeito e dignidade. Em muitos casos, no entanto, não é isso que acontece. A segurança do idoso não é uma realidade no Brasil e a violência geralmente vem de quem menos se espera que pudesse fazer mal ao ente mais velho.

A violência contra o idoso pode vir de quem menos se espera, inclusive de alguém que deveria ajudá-lo Ao contrário do que se pode pensar, a violência não se resume a agressões físicas ou atentados contra a integridade física de alguém que atingiu a maturidade. Ela também se manifesta no abandono, na violência psíquica, financeira, negligência e na violência institucional, quando os alarmantes casos são subnotificados ou a segurança do idoso não recebe a devida atenção diante de um contexto que preocupa.

E isso não se refere a um contexto de minoria, afinal, a expectativa de vida da população brasileira tem aumentado graças aos avanços da tecnologia.
Atualmente, o Brasil tem mais de 26 milhões de idosos, ou seja, mais de 13% da população brasileira tem 60 anos ou mais. De acordo com o censo do IBGE de 2013, o país contava com mais de 49 mil centenários.

Violência contra o idoso: Conscientização
A violência contra o idoso é praticada em todas as camadas sociais, não apenas mais baixas, e os atos violentos ou negligentes acontecem até mesmo de profissionais de saúde que deveriam cuidar desse público.
Criado em 1997 e aprovado em 2003, o Estatuto do Idoso visa regulamentar as garantias da pessoa idosa, já garantidas na Constituição Federal de 1988, e reforçar as demandas específicas desses cidadãos, como penas severas a quem desrespeita, abandona ou causa sofrimento a essas pessoas.

O dia 15 de junho foi estabelecido como a data para relembrar o Dia Mundial da Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. O objetivo é diminuir os casos em escala global.

De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado na revista Lancenet Global Health, um em cada seis idosos é vítima de violência em todo o mundo.

O estudo revela que 16% das pessoas com mais de 60 anos sofreram algum tipo de abuso, como os casos de negligência, violência psicológica, física e sexual.

A OMS prevê ainda que em 2050 o mundo de idosos em todo o mundo deve dobrar aos números atuais, chegando a 2 bilhões. Se isso se concretizar e mantendo a estimativa de violência dos dias de hoje, o número de abusos ou violência contra o idoso deve chegar a 320 milhões até lá.

Abusador é alguém próximo à vítima

O que mais impressiona entre os casos de falta de segurança do idoso é que geralmente ela é cometida por alguém da família, uma pessoa próxima ou que deveria ser considerada confiável para cuidar do idoso.

O abusador pode e costuma ser um filho, parente, cônjuge, amigo, vizinho ou trabalhador – voluntário ou remunerado – que deveria contribuir para a qualidade de vida da pessoa idosa, mas de alguma maneira a priva de recursos e causa danos físicos, emocionais, financeiros e psicológicos.

Entre as consequências da violência sofrida estão a diminuição das habilidades funcionais do idoso, maior dependência, sensação de desamparo e abandono, estresse, depressão, demência, piora de um quadro psicológico e até mesmo a morte prematura.

violência contra idosos

Tipos de violência
Em 2017, o Disque 100, principal meio para comunicar violações de direitos humanos no Brasil, recebeu 142.665 denúncias. Dessas, a violência contra o idoso gerou 33.133 registros e 68.870 violações.

Dentre os casos, 76,84% envolvem negligência, 56,47% foram de violência psicológica e 42,82% se referem a abuso financeiro e econômico. Mais de 76% dos casos acontecem dentro da casa da própria vítima.

O sofrimento e a violência contra o idoso são manifestadas de diferentes maneiras por seus abusadores. Listamos os mais frequentes para que você fique atento e, caso perceba algum desses casos, denuncie!

Física – Geralmente esse é o tipo de maus tratos mais evidente, comum e fácil de identificar, já que pode ser visível aos olhos de terceiros. Acontece quando o abusador tenta contra a integridade física da pessoa idosa por meio de agressões, seja por tapas, empurrões, beliscões ou até mesmo com ações mais letais com armas brancas ou armas de fogo.

Negligência ou abandono – É quando aqueles que deveriam cuidar do idoso se omitem da responsabilidade de propiciar o básico para a saúde física, emocional e social dele – podendo vir da família ou mesmo das instituições públicas ou privadas que deveriam oferecer cuidados específicos à pessoa idosa.

Sexual – Qualquer ação na qual uma pessoa faz uso de poder, força, intimidação ou influência psicológica para obrigar o idoso, de qualquer sexo, a ter ou presenciar interações sexuais.

Financeira e patrimonial – Uso dos bens financeiros ou patrimoniais do idoso de forma não consentida, imprópria ou ilegal.

Psicológica – Menosprezo, desprezo, preconceito, abandono, agressões verbais e gestuais para aterrorizar, humilhar, intimidar e restringir a liberdade do idoso. Esse tipo de violência deixa marcas invisíveis, mas potencialmente permanentes, como a tristeza, o isolamento, a solidão e a depressão.

Um outro tipo de violência também pode ser causada pelo próprio idoso, o caso de autonegligência. Nessas situações, a conduta da pessoa idosa põe em risco sua própria segurança e sua saúde, como quando se recusa a tomar medicamentos ou buscar ajuda.

Denuncie!
Se você presenciar ou souber de algum caso de violência, denuncie! As autoridades estão prontas para garantir a segurança do idoso, registrando os casos, investigando e penalizando os culpados:

Ministério dos Direitos Humanos: Disque 100;
Disque Denúncia: 181;
Polícia Militar: 190.

 

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