Violência racial vitimiza negros em todos os setores
Atos de discriminação e racismo acontecem independentemente da classe social e causam sofrimento e traumas
Desde a primeira infância, ainda na escola, até relações familiares, amorosas e de trabalho, na esfera pública, privada ou corporativa. Ser negro é ter que encarar diretamente todo tipo de violência racial.
A pigmentação da pele e a melanina não são fatores genéticos que determinam capacidade ou caráter, mas social e historicamente, essas características são usadas para submissão, humilhação e constrangimento nos mais diferentes contextos.
Cada vez mais distantes de aceitarem atitudes de racismo, esse crime tem perdido espaço e criado empatia por aqueles que sofrem preconceito, mas ainda há muito para mudar. A palavra de ordem é a resistência, que encara de frente a violência racial.

A falta de ensino nas escolas
Ninguém nasce sendo um potencial reprodutor da violência racial, mas, tão intrínseco na sociedade, o racismo é facilmente aprendido desde cedo. E o ensino sobre as questões raciais e desigualdades sociais preocupa no Brasil.
Cerca de um quarto das escolas públicas do país não incluem na grade curricular projetos temáticos para discutir o racismo. Esse é o resultado do Censo Escolar de 2015, mais recente desse tipo, aplicado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
O questionário foi feito a 52 mil diretores de escola e mostra que em 12 mil delas não existem projetos abordando o racismo.
A falta de ensino adequado sobre essa questão reflete diretamente no comportamento de crianças, adolescentes e novos adultos. Essa foi a reflexão da empresária e digital influencer Ana Paula Xongani, que viu sua filha de apenas quatro anos ser excluída por outras meninas das brincadeiras no parquinho do condomínio onde moram.
Ana Paula fez uma reflexão sobre violência racial e a solidão da mulher negra desde a infância.

Racismo no ambiente de trabalho
A violência racial que muitas vezes tem início ainda na primeira infância se perpetua em meio a um cenário social racista e atinge todos os aspectos, gerando traumas e constrangimentos.
E isso se estende por toda a vida e em diferentes ambientes. No contexto corporativo, a falta de oportunidades e o racismo acontecem de maneira mais velada, mas ainda são traços evidentes.
No final de 2017, a Consultoria Etnus promoveu uma pesquisa com cerca de 200 pessoas, entre 18 e 50 anos, de diferentes classes sociais. Dessas, 67% acreditam que deixaram de ser contratadas para uma vaga de emprego apenas por serem negras. Também seis em cada dez entrevistados afirmaram que já foram vítimas de racismo no ambiente de trabalho.

Violência racial: eles passaram por isso
Taís Araújo, Lázaro Ramos, Preta Gil, Gaby Amarantos, Ludmilla, Thiaguinho, Maju Coutinho, Glória Maria e tantos outros. O que todos eles têm em comum? Além do talento da fama e do prestígio em seus respectivos segmentos, seja na música, em cena ou no jornalismo, todos eles já foram vítimas de violência racial.
Os ataques racistas e o desrespeito tomam, principalmente, os espaços da internet. Mas é nela também que surgem as manifestações de apoio aos artistas, a revolta, as respostas dos ofendidos e a resistência de outras pessoas que se identificam com o sofrimento vivido por essas pessoas públicas.
Criança – Um dos casos que mais chamou atenção nos últimos tempos é a de Chissomo, a Titi, de cinco anos, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A criança, nascida no Malawi, na África, e adotada pelo casal, já foi alvo de ataques racistas e ofensas. Além de defendidas por anônimos que admiram a beleza e a doçura da pequena, vários artistas se manifestaram sobre a agressão em escala ainda maior que representa a violência racial contra uma criança.

Copa do Mundo – O youtuber Júlio Cocielo foi alvo de críticas e acusado de racismo durante a Copa do Mundo da Rússia. Ele fez um tweet associando o jogador Mbappé, da França, a um possível arrastão. A suposta brincadeira gerou enorme repercussão na internet.
Embora o youtuber tenha pedido desculpas em suas redes sociais e tentado explicar suas intenções, ele foi repreendido por milhares de seguidores e teve o contrato rompido com grandes marcas que o patrocinavam ou tinham contratos publicitários fechados com ele.

Realidade americana
Ainda que a maior potência mundial tenha sido liderada por um presidente negro, o racismo nos Estados Unidos gera grande impacto aos cidadãos.
A violência racial, a morte de negros, porte de armas, preconceito e massacres. A soma dessas realidades tão assustadoras motivaram a temática do clipe “This is America”, de Childish Gambino, alter ego de Donald Glover e apresentado pela primeira vez no programa Saturday Night Live.
Na produção, enquanto ele canta, dança e sorri em meio a movimentos aparentemente felizes, várias referências ao sofrimento de negros nos Estados Unidos são apresentados.
Depois da apresentação no programa, o vídeo viralizou rapidamente no Youtube, com mais de 19 milhões de visualizações na mesma noite. Hoje, a produção já foi reproduzida quase 320 milhões de vezes e se tornou um fenômeno midiático e cultural.

Denuncie!
O racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve ser denunciado! Se você for vítima ou presenciar alguém sofrendo violência racial, denuncie!
Você pode ligar para o 190, para o Disque Denúncia 181 ou mesmo fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. O racismo mata pessoas em todo o mundo e seus culpados devem ser penalizados.

 

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