Quando se fala em psicopatia a primeira associação que vem à mente é a de personagens e vilões de histórias que ganharam o imaginário popular, aqueles capazes de fazer tudo que envolve atitudes perversas. Mas você sabe qual é o perfil de um psicopata?
A psicopatia vai além da crueldade e do estereótipo muitas vezes demonizado que chega ao grande público. Muitas vezes essas pessoas estão mais próximas do que podemos imaginar. E, embora a maioria delas seja incapaz de cometer algum crime, é sempre bom estar atento para saber com quem você está lidando.
Os psicopatas do cotidiano fogem ao estereótipo de vilões de filmes e histórias do imaginário popular
Pensando nisso, a equipe do VS preparou um post completo para que você entenda mais sobre esse tipo de comportamento e suas características mais comuns.
> Qual é o perfil de um psicopata?;
> Entenda quem são os ‘psicopatas do cotidiano’;
> Saiba identificar o perfil de um psicopata.
Qual é o perfil de um psicopata?
A psicopatia consiste em um conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos. Podem ser pessoas encantadoras à primeira vista, atraentes, que causam boa impressão e tidas como “normais” para aqueles que não as conhecem a fundo.
No entanto, costumam ser egocêntricas, antissociais e aparentemente incapazes de sentirem emoções como empatia ou remorso.
A atitude de dominância e delinquência associa parte das pessoas com traços de psicopatia a se envolverem em crimes, mas isso não explica todas as barbaridades que resultam em violência.
Entre os criminosos violentos na prisão, apenas uma minoria pode ser classificada como psicopata. Um estudo britânico recente estima que exista uma prevalência de cerca de 8% dos presos e 2% das presas, enquanto outro estipula que sejam 31% dos infratores homens violentos e 11% das presas.
A necessidade de reabilitação é clara e imediata: eles têm até quatro vezes mais chances de reincidência do que os não psicopatas.
Por outro lado, o transtorno de personalidade antissocial (TPA) é muito mais comum que a psicopatia e afeta entre 50 e 80% dos presidiários em geral.
Psicopatas do cotidiano
Mais próximos do que podemos imaginar, a psiquiatra carioca Katia Mecler explica em seu livro a respeito dos psicopatas do cotidiano.
Esses são aqueles que, segundo ela, desenvolveram, um transtorno de personalidade de comportamento desde a adolescência ou início da vida adulta. Algumas das características carregadas por eles são mentira, manipulação, egocentrismo, frieza, desconfiança e insegurança.
Qualquer pessoa pode, em algum momento, ser malvada, agressiva, egoísta, arrogante, hostil, manipuladora, descontrolada ou explosiva. O grande problema é quando isso se torna um padrão repetitivo e inflexível, causando sofrimento a si mesmo e às pessoas ao redor, surgindo a patologia.
Diferente dos psicopatas e serial killers de filmes, os psicopatas do cotidiano podem ser: o chefe que desqualifica o funcionário publicamente, o namorado excessivamente próximo e abusivo, o familiar “esquisitão” que vive dentro de casa e evita contato com outras pessoas, o vizinho que está sempre buscando motivos para causar brigas no condomínio ou até mesmo aquela pessoa que já começa o dia arrumando confusões no trânsito.
Como identificar?
Os psicopatas costumam ser pessoas que não sentem culpa, remorso ou empatia
Você sabe como identificar o perfil de um psicopata? Nem sempre aptos a um comportamento violento como pregam os filmes e mais próximos do que muitos imaginam, os psicopatas fazem parte do dia a dia de muitas pessoas. Saiba como perceber esse tipo de comportamento.
- Boa lábia – como todo egocêntrico, é capaz de fazer um excelente marketing pessoal e agir como um ator em cena, bajulando pessoas e conquistando confiança;
- Mentiroso compulsivo – o psicopata tem até orgulho da sua capacidade de enganar e constantemente se aproveita da boa fé;
- Impulsividade – embora ajam com frieza, muitos podem ser impulsivos, agindo sem pesar prós e contras. Além disso, podem apresentar reações estouradas e extremistas;
- Antissocial – movidos pelo prazer, preferem fugir às regras típicas da convivência social;
- Ausência de culpa, empatia e remorso – o perfil de um psicopata é não conseguir se colocar no lugar do outro, por isso não se importa com os sentimentos alheios e trata relações mais próximas como posse;
- Má conduta na infância – para os olhares mais atentos, o psicopata demonstra características específicas desde a infância, como uso de drogas, conduta sexual desde cedo e atitudes maldosas que não poupam outros coleguinhas ou animais de estimação.
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