Desrespeito, humilhações, agressões verbais ou físicas, privação e negligência. Tudo isso sem sair de casa. A violência doméstica atinge milhares de mulheres no Brasil e no mundo. O sofrimento é causado dentro do ambiente doméstico e pode vir de um relacionamento afetivo, de familiares, amigos ou pessoas próximas.

Ainda que possa acontecer com homens, as mulheres representam a esmagadora maioria de vítimas da violência doméstica.

Mas por que, diante desse contexto de violência de diferentes tipos, essas mulheres não terminam esse ciclo de sofrimento que tem base em relações firmadas no lar? Nem tudo é fácil como parece. Muitas vítimas de violência doméstica são culpabilizadas, outras não recebem apoio da família e ainda há aquelas que são financeira ou emocionalmente dependentes de seus agressores.

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Outras, ainda, nem mesmo entendem que estão sendo vítimas de uma crueldade. Nossa equipe preparou um post completo para que você saiba ainda mais sobre violência doméstica.

> Entenda quais são as manifestações dessa violência;

> Você está sendo vítima de violência doméstica? Responda algumas perguntas e entenda;

> Saiba como denunciar os agressores.

Tipos de violência doméstica

Violência psicológica – é caracterizada por ações como chantagem emocional, humilhação pública, vigilância e perseguição, constrangimento, humilhação, isolamento e privação do direito de ir e vir;

Violência moral – envolve calúnia, injúria e difamação da vítima;

Violência física – ofende a integridade ou a saúde corporal da vítima em ações como puxão ou apertão, empurrão, beliscão, bofetada, soco, mordida, arranhão, pontapé e agressões mais graves que podem levar à morte;

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Violência patrimonial – retenção, subtração ou destruição de objetos, bens, valores, instrumentos de trabalho ou documentos pessoais. Também acontece quando o responsável pela renda familiar usa o dinheiro como forma de punição, deixando de pagar ou comprar algo importante para o bem da família.

Você está sendo vítima?

Muitas vezes disfarçada de brincadeira, ciúmes e relação abusiva romantizada, a violência doméstica nem sempre é identificada pela própria vítima.

Fique atenta aos sinais e perceba se você está sofrendo com isso. Também alerte as pessoas da sua convivência, respondendo às seguintes perguntas:

  • Ele tenta lhe afastar de amigos, parentes e vizinhos?;
  • Ele diz que você não precisa trabalhar e/ou estudar?;
  • Você tem medo de ficar sozinha com seu namorado, marido ou companheiro?;
  • Você se sente isolada ou acuada? ;
  • Você passa por brigas que acabam em agressões que estão cada vez mais graves?;
  • Ele parece ficar sem controle durante as brigas?;
  • Ele destrói seus objetos, roupas, fotos, documentos, móveis ou seus instrumentos de trabalho?;
  • Maltrata ou mata seus animais de estimação?;
  • Quando você tenta se separar ele fica telefonando, faz escândalo ‘’na porta’’ da sua casa ou trabalho pedindo mais uma chance?;
  • Ele ameaça seus parentes e amigos?;
  • Ele diz que se você não for dele, não será de mais ninguém?

Se você respondeu “sim” a pelo menos uma dessas perguntas, você corre riscos e deve buscar ajuda!

Denuncie!

A maior arma contra a violência doméstica é a denúncia. Saiba como registrar o abuso de um agressor:

  • Disque 180: oferece apoio e orientações à mulher. A denúncia é encaminhada para o órgão local, como as Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), de acordo com cada estado. O serviço é gratuito e funciona 24h, todos os dias;
  • Disque 100: contato disponível para denúncia de topo tipo de violação de direitos humanos;
  • A violência também pode ser registrada diretamente em uma Delegacia Especial ou diretamente na mais próxima à sua residência.

 

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