Com o aumento das medidas de restrição impostas para tentar conter o aumento da pandemia de Covid-19 em todo o Brasil, um grave problema precisou ser monitorado: a violência contra a mulher. A maior preocupação foi que essas mulheres vítimas estariam durante um longo período isoladas em casa com seus agressores. E é nesse ponto que a ajuda externa pode salvar vidas. Saber como reconhecer sinais de violência contra a mulher é uma necessidade para todos aqueles que se importam com o próximo e querem contribuir para uma sociedade melhor.

Quando analisamos os dados do Anuário de Segurança Pública 2021, os reflexos da pandemia ficam ainda mais evidentes. Isso porque, apesar das estatísticas iniciais apresentadas mostrarem uma redução de praticamente todas as notificações de crimes em delegacias de polícia, os índices registrados por telefone e o número de medidas protetivas aumentaram. Isso é um claro sinal de que, além de terem sido mais afetadas, as mulheres também não podiam sair de casa para registrar as ocorrências – Além do agravante de muitas delegacias terem fechado ao longo do primeiro semestre de 2020.

Os registros presenciais de lesão corporal em decorrência de violência doméstica caíram 7,4% no último ano. Caíram também os registros de ameaça (-11,8%), e de estupro e estupro de vulnerável (-14,1%) feitos nas delegacias. Já o número de Medidas Protetivas de Urgência concedidas cresceu, passando de 281.941 em 2019 para 294.440 em 2020. E os dados de chamados de violência doméstica às Polícias Militares no 190 aumentaram 16,3%.

Foram ao menos 694.131 ligações relativas à violência doméstica. Esse número revela o triste fato de que a cada minuto de 2020, 1,3 chamados foram de vítimas ou de terceiros pedindo ajuda em função de um episódio de violência doméstica. E os chamados de terceiros, como já comentamos, são determinantes para salvar a vida dessas mulheres. Você sabe como reconhecer sinais de violência contra a mulher?

Opiniões negativas

O primeiro sinal de alerta é, normalmente, o excesso de opiniões negativas que o parceiro emite sobre qualquer comportamento da mulher. Seja pela forma como ela fala, roupas que usa, opiniões que tem, sempre há um motivo para que ele demonstre com palavras (ou olhares) que ela “não faz nada certo”.

Isolamento

Claro que esse tópico é mais complexo, quando pensamos em isolamento físico, em meio à pandemia. Mas mesmo nas interações online é possível perceber quando a mulher começa a se afastar de amigos, conhecidos e familiares. Muitas vezes ela para de responder sem motivo aparente, só atende o telefone quando está sozinha ou até mesmo dá sinais, do tipo “posso falar rapidinho agora, antes dele voltar pra casa”.

O homem abusivo normalmente não tolera que a mulher tenha esteja próxima de outras pessoas, seja por ciúme ou, até mesmo, por medo que ela relate o que ocorre dentro de casa quando eles estão sozinhos. É um sentimento de posse. Só ele pode decidir com quem ela conversa ou se encontra.

Falta de privacidade

Sabe aquele hábito de checar e-mails, mensagens, atender as ligações da companheira? Ele não é nem um pouco saudável. Isso é um sinal de falta de confiança e necessidade de controle sobre todos os aspectos da vida do outro.

O sinal vermelho

Por fim, o mais grave dos sinais de violência contra a mulher, que normalmente é o que antecede a agressão física, é bater portas, dar socos na parede, quebrar objetos da casa. Caso você converse com uma mulher e ela relate que ao longo de uma briga o parceiro se descontrolou e começou a quebrar objetos, fique atento!

Taken with an old Helios 58mm

Sinais de violência contra a mulher – Quando é preciso ficar alerta, seja no seu relacionamento ou no de alguém próximo a você:

  • O parceiro zomba ou te constrange na frente dos amigos e da família
  • Ele menospreza suas conquistas e breca seus sonhos
  • Faz com que você se sinta incapaz de decidir sobre qualquer coisa
  • Ele te intimida, te culpa e ameaça para conseguir o que quer
  • Diz o que você deve ou não vestir
  • Fala como deve pentear o cabelo
  • Diz que você não é nada sem ele ou que vai morrer sem você
  • Te trata de maneira agressiva, com beliscões, apertões, empurrões ou mesmo violência física mais grave
  • Te culpa pela maneira com que ele age, como e a culpa do comportamento agressivo fosse sua
  • Faz pressão para fazer sexo
  • Dá a sensação de que “não há como sair” do relacionamento
  • Evita que você faça outras coisas que gosta e que não o envolvam
  • Te castiga para que você “aprenda a lição” quando faz algo que ele desaprova

Como denunciar

  • A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
  • O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
  • A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
  • O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros 16 países.

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