Duas pessoas foram mortas e pelo menos 13 ficaram feridas em um ataque a tiros na noite do último domingo em Toronto, no Canadá. O atirador disparou contra grupos de pessoas que se reuniam e se divertiam em cafés e restaurantes de uma avenida no bairro Greektown.

De acordo com informações da polícia local, os mortos foram uma menina de 10 anos e uma jovem de 18 anos. Os demais feridos, com idades entre 10 e 59 anos, foram levados pelos serviços de emergência para os hospitais da cidade. Entre eles, uma menina segue em estado grave.

Ainda que a polícia não veja ligação direta com o terrorismo, o ataque a tiros entra para a história do Canadá como uma triste e violenta página. O caso reacendeu a discussão sobre a posse de armas no país e sobre o impacto de doenças afetivas e psicológicas, como a depressão.

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Polícia libera pessoas na área de isolamento onde aconteceu o atentado em Toronto

No Violência Social, você vai saber mais sobre o ataque a tiros em Toronto:

> Depois de identificado, conheça o perfil do atirador;

> Entenda sobre a cultura de armas no Canadá, criticada pelo prefeito da cidade do atentado;

> Saiba dicas para se proteger em caso de tiroteio.

 

Ataque a tiros em Toronto: perfil do atirador

Vestido com roupas escuras e chapéu, o atirador foi identificado como Faisal Hussain, de 29 anos. A família afirmou que o autor do ataque a tiros sofria de sérios problemas mentais, era emocionalmente instável e lutava contra a depressão ao longo de toda a vida, e nem mesmo medicamentos e terapia foram suficientes para tratá-lo.

Hussain disparou entre 20 e 30 tiros em diferentes locais, de acordo com testemunhas que estavam próximas aos locais do atentado.

A polícia o localizou em uma rua transversal à avenida e houve troca de tiros. Ele fugiu da área e mais tarde foi encontrado morto em outro lugar nas proximidades. Ainda não é possível afirmar de que forma Hussain morreu.

 

Cultura de armas no Canadá

O ataque a tiros se tornou mais uma motivação para o debate sobre a posse de armas para cidadãos comuns. Para o prefeito de Toronto, John Tory, o tiroteio em uma área popular e residencial é uma “evidência de um problema de armas”.

Para ele, “as armas estão facilmente disponíveis para muita gente”. E Tory tem razão. Embora o Canadá nem se compare aos Estados Unidos em números de tiroteios, dados da polícia de Toronto mostram que o número de tiroteios mais que dobrou entre 2014 e 2017, passando de 177 para 395.

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Ataque levou prefeito de Toronto a levantar novamente o debate sobre o porte de armas no Canadá

 

Como se proteger?

É possível sobreviver caso você esteja em um local que sofreu um ataque a tiros. Conheça 10dicas para se proteger:

  • Determine se é possível correr: avalie a distância do atirador e se você não se tornará um alvo fácil. Caso consiga, mesmo que esteja fora do alcance, torne-se um alvo ainda mais difícil, correndo em ziguezague, por exemplo;
  • Abandone seus pertences: esse não é o momento de se preocupar com bolsas e objetos pessoais;
  • Ao ouvir o barulho dos disparos, abaixe-se imediatamente, dessa forma você diminui a área de alvo do atirador;
  • Fique atento e identifique de onde vêm os tiros para poder fugir na direção oposta;
  • Rasteje em busca de abrigos atrás de anteparos sólidos, como estruturas de concreto ou aço. Evite objetos e locais que podem ser facilmente perfurados;
  • Se não houver onde se abrigar, deite no chão;
  • Caso esteja dentro do carro no início do tiroteio, abaixe-se o máximo que puder. Se possível, deslize para fora do veículo e deite no chão;
  • Se estiver com um telefone celular, tente ligar para o serviço de emergência e busque ajuda o mais rápido possível;
  • Se preciso, finja-se de morto;
  • Quando estiver em segurança, busque ajuda.

 

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