É tempo de volta às aulas depois de um mês de férias escolares. Mas o que tem tudo para ser um momento de renovação, mudanças e expectativas sobre o semestre que encerra o ano letivo, também pode se tornar sinônimo de tristeza, ansiedade e um pesadelo para muitas crianças e adolescentes.

O bullying e o cyberbullying podem ser formas de uma violência silenciosa, que nem sempre chega ao conhecimento de pais, responsáveis ou mesmo dos educadores. No entanto, os menores demonstram sinais de que o ambiente escolar representa algum tipo de sofrimento.

A falta de interesse e a tristeza em relação à volta às aulas são algumas delas. Preparamos um post para que você entenda mais sobre esses ‘sintomas’ e avalie se chegou a hora ou não de trocar o seu filho de escola.

> Bullying e cyberbullying nas escolas;

> Volta às aulas: o papel das instituições de ensino no combate ao bullying;

> É hora de trocar seu filho de escola? Entenda os sinais.

 

Sofrimento silencioso na escola

A expressão bullying se refere aos comportamentos violentos, intencionais e repetidos que causam dor e sofrimento, seja físico ou psicológico, às suas vítimas. E isso pode acontecer partindo de crianças e tendo como alvo outras crianças.

volta às aulas

Questões raciais, religiosas, peso, padrões de beleza ou desempenho escolar podem ser alguns dos fatores motivadores desse tipo de humilhação muitas vezes disfarçada como brincadeira.

Essa brincadeira que gera marcas emocionais nem sempre é passada para os pais, responsáveis e professores, justamente pelo medo da opressão dos colegas.

Cyberbullying – Esse tipo de violência pode ir além dos limites escolares e chegar também às redes sociais e aplicativos de conversa. O cyberbullying ou bullying virtual acontece quando a humilhação se estende à web, com exposição da vítima, resultando em situações de queda da autoestima e depressão.

 

Bullying e volta às aulas

A volta às aulas pode ser um bom momento para identificar se seu filho é alvo de algum tipo de bullying ou humilhação no ambiente escolar. A falta de interesse, a apatia, o medo e a ansiedade para o começo de um novo semestre letivo são alguns dos comportamentos que crianças e adolescentes demonstram quando passam por algum sofrimento na escola.

Lei de Combate ao Bullying – Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Roussef e em vigor desde o início de 2016, a Lei nº 13.185 determina que as instituições de ensino devem adotar práticas de prevenção a esse tipo de prevenção, com a conscientização de pais e alunos.

Além disso, devem oferecer suportes psicológico e jurídico, que se tornam necessários nos casos em que a vítima de bullying sofre dano físico ou moral.

 

É hora de mudar de escola? Entenda os sinais

volta às aulas

Se estar em um ambiente causa sofrimento, dor ou traumas a uma criança ou a um adolescente, talvez seja hora de mudá-lo. O bullying e a relação da criança ou do jovem relação à volta às aulas pode ser um indicativo que é hora de procurar outra instituição de ensino.

Isso vale para uma adequação de expectativas de pais e responsáveis e, principalmente, quando a escola não oferece o apoio adequado e essencial às vítimas de bullying e cyberbullying.

  1. Falta de interesse – A criança ou adolescente podem se mostrar desinteressados pela escola ou mesmo por ambientes que demonstravam alegria em frequentar, como um esporte, por exemplo;
  2. Isolamento – Alguns preferem se isolar da família e dos amigos, demonstrando comportamentos depressivos. Em alguns casos, podem até parar de comer;
  3. Queda do rendimento – A falta de interesse e motivação, assim como o isolamento, resultam na queda do rendimento escolar e em demais atividades;
  4. Baixa autoestima – Com toda a humilhação e sofrimento que passam, podem deixar de se valorizar;
  5. Fúria e impulsividade – Vítimas de bullying podem demonstrar comportamento agressivo no ambiente escolar, ou mesmo nas relações entre familiares e amigos. Esse é um sintoma associado tanto a agressões físicas quanto psicológicas.

 

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