O Brasil deu um passo à frente em busca do combate à violência na última semana. Isso porque a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não vai mais aceitar a inscrição em seus quadros de bacharéis em direito que tenham agredido mulheres, idosos, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência física e mental.
Um avanço na busca da segurança da família e de toda a comunidade, a iniciativa é importante tendo em vista que sem a inscrição no órgão, os recém-formados não podem exercer a advocacia (nem se apresentar como advogados).
A decisão já está em vigor e foi baseada na conclusão dos conselheiros da Ordem, que concordaram que quem incorre em qualquer um destes casos não tem idoneidade moral para exercer a profissão. Mesmo que ainda não tenha sido julgada pelo Poder Judiciário, a simples denúncia é um fator contrário à aceitação do acusado nos quadros da OAB.
Violência contra a mulher
A principal comemoração foi por parte dos movimentos em defesa da segurança da mulher. Isso porque, apesar de todas as campanhas de conscientização e do trabalho árduo das militâncias, o ano de 2018 foi cruel para as mulheres no Brasil – e no mundo.
Além disso, os tribunais e centros acadêmicos de direito, mais conservadores e tradicionais, ainda são considerados mais hostis para as mulheres do que alguns outros mercados de trabalho.
Tendo em vista que os crimes de feminicídio e de tentativa de assassinato dispararam no país em 2018 e que 2019 começou ainda mais violento, ver um importante órgão como a OAB se pronunciar em defesa de tantas minorias e em combate da violência já enraizada em nosso país, é com certeza uma ponta de esperança de que esse cenário irá mudar.
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