Os índices de violência contra crianças são alarmantes. Como já comentamos aqui em outras oportunidades, o Brasil é um país que precisa evoluir muito para que possamos dizer que é um país seguro para a população infantil. Pensando nesses índices, a ChildFund Brasil lançou o movimento nacional #ocuidadotransforma. A ação tem como objetivo promover um debate sobre os maus-tratos contra crianças e adolescentes no Brasil.
E refletir sobre os maus-tratos de menores de idade é uma necessidade urgente, de acordo com o Disque 100, somente em 2018 foram realizadas 76,2 mil denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes no Brasil. Deste total, mais de 17 mil foram de violência sexual.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com base no Disque 100, negligência (72,7%), seguida por violência psicológica (48,8%), física (40,6%) e sexual (22,4%) foram os tipos de violação contra crianças e adolescentes mais frequentemente denunciados.
Mais alguns números que refletem a gravidade do problema: ocorrem, de acordo com o Unicef, 11 mil execuções de menores de idade no Brasil ao ano. 35.783 pessoas entre 15 e 29 anos que perderam a vida em 2017, conforme o Atlas da Violência 2019.
O movimento
Mas, afinal? Como o #ocuidadotransforma pode ajudar? Com a meta de diminuir os números da violência infantil, a ChildFund Brasil criou a cartilha dos Bons Tratos para orientação de mães, pais e cuidadores para proporcionar uma melhor qualidade de vida para as crianças. O movimento O Cuidado Transforma também já alcançou influenciadores digitais como Bela Gil, Flávia Lippi, Laíze Damasceno e Lucas Gomes, que abraçaram a causa.
A ChildFund Brasil também elencou as principais dicas para prevenir qualquer violação de direitos da criança e do adolescente. Entre elas estão: conversar sobre a importância de não haver segredos entre pais e filhos; nunca duvidar do que a criança conta; estar sempre informado a respeito dos amigos dos seus filhos, quem são, onde moram, como é a família; mesmo na sua ausência, saber com quem seu filho está e o que está fazendo; alertar as crianças para artimanhas usadas pelos abusadores; analisar as reações da criança quando estão perto das pessoas próximas, principalmente se demonstrarem não gostar de alguém; e supervisionar o uso da internet.
Como evitar os maus-tratos
- Converse com a criança sobre a importância de não haver segredos entre vocês.
- Nunca duvide do que a criança contar. Demonstre abertura para manter a conexão sempre aberta.
- Se informe sobre os amigos da criança. Entenda onde eles moram, quem são, conheça a família. E entenda toda a dinâmica da casa antes de deixar que seu filho passe algumas horas por lá.
- Os conselhos “não fale com estranhos”, “não aceite doces na rua” e “não abra a porta para ninguém quando estiver sozinho em casa” são antigos, mas podem salvar a vida das crianças. Reforce cada uma dessas orientações com frequência.
- Analise as reações da criança quando está perto das pessoas próximas, principalmente se demonstrar não gostar de alguém por quem deveria desenvolver afeto.
- Supervisione o uso da internet e sempre alerte para o fato de não compartilhar fotos e dados com desconhecidos.
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