Popular no exterior, principalmente nos Estados Unidos, a Black Friday é uma verdadeira febre quando o assunto é fazer compras com grandes promoções. Da mesma forma que os consumidores se preparam, poupam dinheiro ou separam parte do décimo terceiro para esse momento, os criminosos também armam suas estratégias para cometer fraudes na Black Friday.

Diferente de outros países que adotam a cultura dos descontos expressivos antes do Natal, a Black Friday tem ganhado mais espaço no Brasil somente nos últimos anos. A última sexta-feira do mês de novembro é o dia escolhido para grandes saldos em diferentes segmentos do comércio (este ano, ela acontece na penúltima sexta-feira, 23 de novembro).

fraudes na black friday

O que deveria ser um momento de descontração, de aproveitar as promoções para comprar algo tão sonhado, pode se tornar um verdadeiro pesadelo. As fraudes na Black Friday são cada vez mais comuns e geram um clima de desconfiança e medo nesta época, especialmente quando o assunto são lojas online.

Está pensando em aproveitar a data para fazer compras online, mas está com medo? O Violência Social traz um post completo para que você saiba como se proteger e veja dicas importantes na hora da compra:

> Expectativa de compras e fraudes na Black Friday 2017;

> Como os criminosos agem para enganar consumidores;

> Veja dicas para comprar online de forma segura;

> Saiba como denunciar má fé, falsos anúncios e golpes.

 

Expectativa de compras 2018 X fraudes na Black Friday 2017

De acordo com levantamento da Ebit/ Nielsen, as promoções da Black Friday devem movimentar R$ 2,43 bilhões, um aumento de 15% em relação ao que foi registrado no ano passado.

Promoções falsas e denúncias – Muitas empresas e marcas se aproveitam da data para subir o preço de produtos poucas semanas antes para, então, novamente reduzi-los e causar a sensação de economia para o consumidor.

Esse tipo de prática é criminosa e, em 2017, foram 2.091 queixas registradas pelo Procon-SP. O número representa uma queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2016, quando o órgão de defesa do consumidor recebeu 2.654 reclamações.

 

Como os criminosos agem?

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Cada vez mais especializados, os criminosos se aproveitam da euforia entre os consumidores nessa época para cometerem novas modalidades de golpes e fraudes.

As mais comuns entre elas são a criação de sites falsos, lojas virtuais que não existem ou anúncios em sites que comercializam produtos particulares que jamais serão entregues a quem confiou e executou o pagamento.

Próximo à Black Friday, os bandidos criam páginas semelhantes às de grandes lojas ou mesmo criam marcas que parecem reais. Eles vendem os principais itens procurados pelos consumidores, como eletrônicos e eletrodomésticos a preços bem mais baixos dos que são praticados no mercado como um todo.

Distraídos de detalhes importantes que “denunciam” possíveis golpes, muitos consumidores acreditam em valores fantasiosos e efetuam compras que não serão entregues em websites que logo sairão do ar.

Advogado e especialista em Direitos Digitais e Crimes Cibernéticos, Fernando Peres identifica que os criminosos sabem que nesse período do ano, até o Natal, as pessoas estão mais vulneráveis a comprar alguma coisa por motivos diferentes, desde aproveitar o décimo terceiro até comprar os presentes para o fim de ano. E é nessa fragilidade que os golpistas agem.

“Nos últimos três anos, tenho notado um aumento de tentativas de compras de lojas virtuais falsas, pagamentos realizados e produtos que não são enviados”.

 

Como garantir a segurança nas compras online?

Cada vez mais profissionais, os golpistas são capazes de criar lojas virtuais com estruturas que nem geram desconfiança. No entanto, alguns detalhes são fundamentais para que você saiba se um endereço online é confiável ou não.

  • Redobre o cuidado quando fizer qualquer tipo de compra pela internet;
  • Verifique a reputação do site onde pretende comprar;
  • Caso não ache nenhum comentário ou reclamação sobre a loja, desconfie (este pode ser um indício de que o endereço existe há pouco tempo);
  • Fique atento também ao que dizem em comentários negativos;
  • Investigue quando o site foi criado;
  • Nunca compre por impulso. Pesquise os preços praticados no mercado;
  • Entre em contato com a loja, converse sobre prazo de entrega;
  • Prefira lojas com sistemas de pagamento que permitem a devolução do dinheiro caso o produto não seja entregue em determinado tempo;
  • Na dúvida, não compre.

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Para evitar fraudes na Black Friday, Peres destaca, ainda, que os consumidores devem estar atentos a sites que só aceitam determinadas formas de pagamento.

“Desconfie de lojas que só recebem o pagamento por boleto ou depósito em conta. Esses são meios rápidos e fáceis para que o criminoso retire o dinheiro, o produto não seja entregue e o site saia do ar”.

 

Como denunciar?

Caso você seja vítima de fraudes na Black Friday, como o não recebimento de um produto, a identificação de uma má fé ou fraude, é possível buscar ajuda e denunciar o domínio e seus responsáveis.

“Os criminosos estão cada vez mais profissionais nesses golpes. O consumidor pode registrar um boletim de ocorrência e até mesmo procurar a ajuda de um advogado para entrar com uma ação por indenização”.

O Procon possui uma lista com mais de 500 lojas não recomendadas, sejam elas falsas ou que não entregam seus produtos. Você pode acessar essa relação clicando aqui.

 

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