A história mais parece de séculos atrás, mas segue até hoje mesmo com todas as mudanças no mundo e o avanço da tecnologia. A ação de piratas ainda faz vítimas pelos mares do mundo. O Porto de Santos, maior da América Latina e por onde há grande fluxo de navios diariamente, se torna um alvo ainda mais cobiçado pelos criminosos.

Apesar de a história se repetir, os objetivos mudaram. Hoje, não são mais quilos e quilos de ouro saqueados das embarcações. Além de saquear produtos provenientes da importação que chegam aos portos, o principal objetivo dos criminosos é o tráfico – nacional e internacional – de drogas.

Em muitas das ações de piratas eles simulam o arrombamento de contêineres a bordo, reviram produtos embarcados e rendem a tripulação apenas para despistar o objetivo principal: o içamento de grandes quantidades de drogas que devem seguir caminho rumo a portos da Europa, em sua maioria. Outra ação comum entre esses bandidos é a retirada de outros entorpecentes que já seguiram longas viagens e devem chegar justamente para esses piratas escondidos em meio a outros produtos transportados em grandes caixas metálicas e lacradas.

Tudo isso parece ter saído de um livro de história, mas é mais comum do que se imagina. Neste post, você vai saber mais como como os piratas agem com violência e estratégias elaboradas para efetuarem seus roubos:

> Na história: o tempo em que os piratas dominavam os mares;

> A ação de piratas no Porto de Santos;

> O papel da Marinha na segurança.

 

A história dos piratas

ação de piratas

A pirataria existe desde o começo da história da navegação, séculos antes de Cristo. Piratas eram aqueles que costumavam efetuar roubos e furtos no mar por conta própria.

Entre os séculos XVI e XVII, eram os piratas que aterrorizavam os mares. O Mar do Caribe era área de atuação dos piratas que priorizavam ataques aos navios espanhóis, cheios de tesouros como ouro e prata, que eram enviados para a Europa, e logo depois todas as nações com colônias e postos avançados de comércio presentes na área.

Um grupo de piratas era formado por diferentes tipos de pessoas, mas principalmente homens do mar interessados em riquezas e liberdades reais, sendo muitos deles escravos que teriam fugido e seguiam sem rumo. Grupos eram democráticos, com capitão eleito pela tripulação e que poderia ser removido a qualquer momento.

 

Ação de piratas no Porto de Santos

Além de roubar mercadorias de alto valor frutos de importação que chegam pelos portos, uma das principais motivações da ação de piratas no dia de hoje é o tráfico de drogas.

Recentemente, um tripulante foi amarrado durante uma invasão pirata ao ‘Cap San Marco’, um navio de bandeira dinamarquesa na costa do litoral de São Paulo. A embarcação estava a 20km do Porto de Santos, onde aguardava liberação para acessar o terminal.

Os piratas usaram duas embarcações rápidas e de pequeno porte para se aproximar, acessar e também escapar do navio.

A Polícia Federal considera que a ação dos bandidos foi frustrada provavelmente com a movimentação da tripulação. A bordo, foram encontrados mais de 400 kg de cocaína.

ação de piratas

O Porto de Santos é o maior da América Latina e recebe grandes navios que se tornam alvo da ação de piratas

Ocorrência se repete – Situação semelhante havia acontecido apenas quatro meses antes, com um navio de bandeira italiana que aguardava autorização a 15 km da entrada do Porto de Santos.

Homens armados invadiram o navio “Grande Francia”, causaram terror e renderam tripulantes estrangeiros. O comandante conseguiu pedir socorro via rádio.

A Polícia Federal encontrou 1,3 tonelada de cocaína. A investigação analisa se o grupo foi o responsável pelo embarque da droga.

 

Marinha do Brasil e Polícia Federal

Nas duas ocorrências, Marinha e Polícia Federal lideram as investigações. São elas que vão a bordo com o objetivo de apurar detalhes dos casos e fazer uma varredura.

Em situações mais específicas e violentas, por exemplo, militares são mobilizados e escoltam as embarcações atacadas por piratas até o cais santista.

 

 

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