A Floresta Amazônica é a principal e maior floresta tropical do mundo, sua área deve ser respeitada e, seus recursos, preservados. A teoria é expressiva e destaca uma necessidade real, porém, muito diferente do que acontece na prática. O desmatamento na Amazônia cresce em ritmo desenfreado e está próximo a um estágio em que não haverá mais volta.
A falta de respeito e a ganância destroem um verdadeiro patrimônio da humanidade, que segue rumo a um futuro de devastação que poderá se tornar irreversível.
O desmatamento na Amazônia aumentou cerca de 40% somente no último ano, além disso, o índice se aproxima dos 17% da vegetação dos últimos 50 anos, acendendo um alerta vermelho para ambientalistas.
A devastação de floresta e a destruição de recursos naturais são verdadeiras ações de violência contra o meio ambiente, contra as populações amazônicas, contra os indígenas, e contra toda a humanidade. Pensando nisso, preparamos um post completo e você vai entender:
> Desmatamento na Amazônia: situação pode não ter volta;
> A piora da devastação nos últimos 12 meses e as principais razões;
> Saiba como denunciar crimes e agressões contra o meio ambiente.
Desmatamento na Amazônia: a caminho do irreversível
O desmatamento na Amazônia pode estar tomando um caminho sem volta. A afirmação é forte, preocupante, mas traduz uma realidade estudada por dois renomados biólogos da Fundação das Nações Unidas.
O pesquisador americano Thomas Lovejoy e o brasileiro Carlos Nobre garantiram em um editorial publicado na revista especializada “Science Advances” que a devastação na Amazônia está perto de 17% de sua vegetação nos últimos 50 anos, e que o limite de 20% seria considerado o abismo climático.
Isso porque ela produz metade de suas chuvas ao reciclar a umidade na medida em que o ar se move a partir do Atlântico, através da América do Sul e rumo a oeste. Essa umidade é importante para alimentar o ciclo da água da Terra de maneira mais ampla e afeta todo o ecossistema, as estações de seca e o comportamento da chuva em países da América do Sul.
Mudanças no clima, desmatamento e uso generalizado do fogo tiveram influência no ciclo natural da água nessa região e, segundo os biólogos, é preciso conter o desmatamento na Amazônia em níveis abaixo de 20% da superfície original para evitar que se chegue a um ponto sem volta na capacidade regenerativa dessa importante região.
Piora nos últimos 12 meses
Ainda mais recentemente, pesquisadores do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) concluíram que o desmatamento na Amazônia aumentou 40% nos últimos 12 meses e já chega a quase 4 mil km².
A devastação chegou ao coração da Amazônia, o cinturão verde que atravessa os estados do Acre, norte de Mato Grosso, sul do Amazonas, parte de Rondônia e vai até o oeste do Pará. Em um único ano, o resultado disso é a destruição de uma área 13 vezes maior que a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
De acordo com o Imazon, 83% das áreas derrubadas se tornaram local de pasto e agricultura. Menos visível, mas crescente, é a degradação florestal, provocada por pequenas queimadas e extração seletiva da madeira.
Denuncie a violência ambiental
Destruir a natureza e seus recursos de forma desenfreada e desordenada também é uma forma de violência e deve ser denunciada! Saiba como relatar crimes ambientais:
- Linha Verde do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis): 0800 61 8080 (de segunda a sexta, das 7h às 19h, exceto feriados);
- E-mail: [email protected];
- Site: diretamente pela página do Ibama, clicando aqui.
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