Defesa pessoal feminina é arma contra a violência urbana

Assaltos, agressões muitas vezes dentro da própria casa, vindas de um companheiro, abordagens abusivas, assédio no transporte público, estupro. Diariamente, milhões de mulheres enfrentam o medo na hora de ir estudar, trabalhar, buscar novas oportunidades. Os casos de violência contra a mulher crescem assombrosamente e elas passam a buscar alternativas para a própria segurança, como os métodos de defesa pessoal feminina.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste post você vai ver:

> Os dados alarmantes de violência contra a mulher no Brasil;

> Entender sobre a procura por técnicas de defesa pessoal feminina;

> Saber dicas simples para evitar a violência urbana mais direcionada à mulher.

Situações de risco diárias fazem com que mulheres busquem formas direcionadas à defesa pessoal feminina.

Violência contra a mulher: dados preocupantes

Possivelmente você conhece alguma mulher que tenha sido vítima de violência de qualquer natureza. E, se você é mulher e está lendo este post, é bem provável que em algum momento, infelizmente, você também já tenha se sentido vítima da violência.

Estatísticas da Kering Foundation em proporções mundiais e do Datafolha, em pesquisa encomendada pelo Fórum Brasilleiro de Segurança, revelam os números assustadores que mostram a luta feminina contra o assédio físico, moral e sexual.

No Brasil, 503 mulheres são vítimas de agressão física a cada hora. Cerca de 40% das mulheres acima de 16 anos já sofreram algum tipo de assédio. Mais de 5,2 milhões já sofreram assédio em transporte público, impressionantes 20,4 milhões de mulheres já receberam comentários desrespeitosos nas ruas. As que foram beijadas ou agarradas sem consentimento ultrapassam 2,2 milhões.

Defesa pessoal feminina: as técnicas buscadas

Com técnicas inicialmente utilizadas pelo exército israelense, o Krav Maga é uma luta para defesa pessoal, não uma arte marcial. As técnicas utilizadas levam em consideração o movimento do próprio corpo para evitar situações de necessidade nas ruas, visando atingir pontos sensíveis de um possível agressor.

Formada por alunos que querem aprender a se defender e, também, melhorar o condicionamento físico (uma hora de aula de Krav Maga elimina de 400 a 500 calorias), o instrutor Lucas Naves explica que muitas mulheres buscam a luta visando principalmente a defesa pessoal feminina.

“Em março, fizemos aulas especiais para o Dia da Mulher e, hoje, 50 a 60% dos meus alunos são mulheres que querem ter um melhor preparo para as mais diversas situações”.

Para que aprendam a se defender e, em caso de necessidade, também atacar, o instrutor explica que, além do aspecto físico e técnico, o psicológico também é bastante trabalhado durante as aulas.

“Até mesmo uma postura confiante já muda tudo. Uma pessoa que transmite autoconfiança já tem menos chances de ser abordada”.

Turma que participou de aula especial para aprender as técnicas de defesa pessoal do Krav Maga na Semana da Mulher.

O Krav Maga trabalha com graduações, por meio de faixas, onde a cada etapa o aluno aprende novas técnicas e golpes.

São anos de treino até que o aluno chegue à graduação mais alta, no entanto, Lucas Naves explica que com seis meses de treino as alunas já contam com um bom preparo para lidar com diferentes situações.

As mulheres interessadas nesse tipo de defesa pessoal feminina devem se preparar para de duas a quatro aulas por semana com uma hora de duração cada. Para treinar o Krav Maga, a média da mensalidade em todo o Brasil gira em torno de R$ 200,00.

Mas, será que o conhecimento de uma luta prepara uma mulher para uma possível situação na qual se tornaria uma vítima em potencial?

A empresária Sofia Tanesi, de 26 anos, treinou Muay Thai, arte marcial originária da Tailândia, por muitos anos, com o objetivo de ter um melhor preparo físico. O conhecimento de uma forma de defesa pessoal feminina veio “no pacote”.

“Eu me sentia mais segura, sim, de certa forma, mas sempre que me perguntavam o que eu faria se acontecesse alguma coisa, eu dizia que não sabia qual seria minha reação. Você sabe bater, mas não tem ideia de como vai ser uma situação real”.

Saiba como se proteger!

Ainda que sem um treinamento específico, algumas mudanças nas atitudes cotidianas podem servir como verdadeiros métodos de defesa pessoal feminina. Fique ligada nas nossas dicas!

> Fique sempre atenta a tudo à sua volta;

> Seu carro está estacionado na rua? Procure as chaves e deixe-as à mão antes mesmo de se aproximar do veículo;

> Quando entrar no carro, especialmente em ruas escuras ou sem movimento, saia imediatamente e evite perder tempo procurando coisas e atraindo a atenção;

Evite correr riscos e mantenha uma postura preventiva: quando estiver em situações nas quais você não se sente segura, não exite em pedir ajuda!

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Defesa pessoal feminina: vídeos