Assaltos, furtos, homicídios, assédios, abusos sexuais, confusões. O dia a dia nas cidades do Brasil é cercado pelo caos, pela insegurança e pela violência urbana. Diante dos casos noticiados todos os dias nos meios de comunicação, surge o sentimento de impotência a cada nova ocorrência somado à constante sensação de impunidade. Mas você sabe como evitar a violência?

Antes de responder a essa pergunta, é fundamental entender o conceito e tudo que diz respeito a esse assunto. Pensando nisso, preparamos um post completo para que você saiba mais sobre a violência nos grandes centros urbanos.

> O que é violência?;

> Quais são os tipos de violência?;

> Tudo que você precisa saber sobre violência no Brasil;

> Como evitar a violência? Dicas para se proteger.

 

Mas o que é violência?

A OMS (Organização Mundial de Saúde) define violência como “o uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico, mal-desenvolvimento ou privação”.

como evitar a violência

Como se trata de um conceito bem amplo, a violência costuma ser dividida em grandes grupos de atos violentos: físicos, sexuais, psicológicos, emocionais e financeiros.

A teoria é, relativamente, simples, mas a violência pode ser traduzida em atitudes cotidianas: quando uma mulher teme sair na rua à noite, sozinha, por medo de ser estuprada; quando você sai do banco e tem a sensação de que será assaltado; quando um jovem se vê em meio a um conflito armado e pondera sobre o risco que sua vida está correndo.

Essas e muitas outras cenas e pensamentos comuns no dia a dia urbano são grandes definições práticas do que é a violência. E muito provavelmente você já passou ou sente que pode passar por isso um dia.

 

Conheça os tipos de violência

Saber quais são os tipos de ação mais comuns é fundamental para entender como evitar a violência. Por isso, preparamos uma explicação sobre cada uma das formas de ações violentas mais recorrentes em meio ao caos urbano das cidades.

Violência física – agressões envolvendo tapas, chutes, socos, beliscões, empurrões e qualquer forma de ação utilizando a força ou omissão de ajuda que coloque em risco ou cause danos à integridade física de outra pessoa;

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Violência psicológica/emocional – ameaça direta ou indireta, humilhação, abandono, desprezo, menosprezo, intimidações, agressões verbais ou gestuais, isolamento e qualquer atitude que resulte em prejuízo à saúde psicológica ou ao desenvolvimento pessoal. A violência psicológica ou emocional pode causar danos e traumas permanentes, como a depressão;

Violência sexual – nesse tipo de ação, uma pessoa faz uso de força, poder e ameaça para intimidar ou obrigar o outro a praticar relações sexuais, assistir ou interagir sexualmente contra a própria vontade;

Violência financeira – além dos próprios roubos, furtos e assaltos, a violências financeira acontece, também, quando alguém utiliza de sua influência e poder para se apropriar de bens financeiros ou patrimoniais de outra pessoa.

 

Violência no Brasil: entenda a realidade nacional

A edição 2018 do Atlas da Violência, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que, em 2016, o Brasil bateu recorde de violência: a média foi de 30 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Em 10 anos, 553 mil pessoas foram vítimas da violência, ou seja, 153 homicídios por dia, sendo que 71,1% foram mortas por armas de fogo.

como evitar a violência

Estados – A realidade é ainda mais impactante na comparação entre os estados. Em alguns deles, o crescimento na taxa de homicídios acende um alerta local: Rio Grande do Norte (256,9%), Maranhão (121%), Acre (93,2%) e Rio Grande do Sul (58,8%).

Guerra urbana X Guerra na Síria – A violência no Brasil mata mais que a guerra na Síria. Por mais chocante e com ares de sensacionalismo que a comparação tenha, os números comprovam a realidade.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2017, o país registrou mais de 61 mil mortes violentas intencionais em 2016. Na Síria, os dados oscilam de acordo com a fonte utilizada, mas em todos os casos os números são expressivamente menores que no Brasil.

O Departamento de Pesquisa sobre Conflitos e Paz da Universidade de Uppsala, na Suécia, estima que, em 2016, morreram no conflito sírio 44,3 mil pessoas. O Observatório para Direitos Humanos da Síria, por outro lado, fala em 49,7 mil mortes na Síria em 2016.

 

Como evitar a violência?

Nem sempre é possível evitar ser vítima da violência, mas algumas atitudes podem contribuir para a sua proteção e tornar você um alvo mais difícil para criminosos e pessoas mal intencionadas.

como evitar a violência

  • Não exponha seu celular e outros objetos de valor em público, como joias e relógios. Prefira guardá-los sempre próximo ou ao corpo, e não em uma bolsa, por exemplo;
  • Ande por caminhos que você já conhece, especialmente os mais iluminados;
  • Se possível, ande acompanhado;
  • Caso seja abordado, não reaja. Caso o bandido esteja visivelmente desarmado, você pode se proteger com spray de pimenta ou outras técnicas de defesa pessoal que já ensinamos aqui;
  • Não comente em locais públicos sobre suas posses;
  • Fique sempre atento a tudo a seu redor, mesmo nos ambientes mais movimentados;
  • No carro, prefira andar de vidros fechados, evitando abordagens inesperadas;
  • Varie rotas, horários e locais onde estaciona o carro;
  • Assim que entrar no veículo, procure sair imediatamente ao invés de perder tempo procurando objetos ou mexendo no smartphone;
  • Atenção à exposição dos aspectos de sua vida nas redes sociais;
  • Invista em equipamentos de segurança para os seus maiores bens, como seu veículo e sua casa;
  • Informe-se: saiba sempre sobre os índices de violência na sua cidade e evite os padrões mais buscados pelos bandidos;
  • Saiba como se proteger pessoalmente: conhecer métodos de defesa pessoal pode ser fundamental para saber como evitar a violência urbana.

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