A cada dia mais denúncias de abuso contra menores são feitas e mais crianças se tornam vítimas de um crime cruel, que deixa marcas psicológicas profundas. É preciso que os adultos estejam sempre atentos e, mais do que isso, que as crianças saibam como sinalizar que algo está errado.

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Foi pensando nisso que a Polícia Militar do Paraná criou uma cartilha ilustrada, com foco justamente nos pequenos. Com ilustrações cheias de cor e uma linguagem simples, ela alerta sobre os perigos do dia a dia e ensina como a criança pode procurar ajuda caso alguém tenha algum tipo de atitude imprópria. A cartilha está disponível para download neste link: clique aqui!

Como falar com a criança

Além de fornecer materiais gráficos, como a publicação citada acima, é importante que os pais também saibam como abordar esse assunto tão delicado. A educação sexual, por exemplo, é uma das formas mais eficazes de fazer com que as crianças entendam os limites do próprio corpo e saibam quando devem informar um adulto de uma atitude abusiva de terceiros.

Confira mais algumas orientações:

Explique que o corpo da criança é só dela. Ninguém tem o direito de tocar o corpo da criança sem o consentimento delas, principalmente em suas partes íntimas. Essa orientação deve ser repetidamente passada para as crianças e elas devem entender que, se qualquer algum adulto tentar fazer algo estranho com ela, você precisa saber.

Seguindo a linha de raciocínio da dica anterior: respeite você também os limites do seu filho. Não o force a abraçar pessoas quando ele não está com vontade. Isso pode fazer com que ele, inconscientemente, entenda que se sentir desconfortável com o toque de outras pessoas é normal e que, por isso, não deve te contar.

Fique atento às reclamações do seu filho. A maior parte dos agressores, de acordo com as denúncias computadas em todo o mundo, é alguém conhecido da família. Por isso, filho reclamar que não gosta de alguém com quem vocês convivam, tente entender o motivo. Pergunte os motivos, diga que ele tem o direito de não gostar de alguém, mas que você precisa entender melhor o porque.

Ainda que a maior parte dos casos seja praticada por pessoas conhecidas, é importante manter a orientação de que seu filho não deve falar com estranhos.

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Se o seu filho tem um perfil em alguma rede social ou usa serviços de troca de mensagens, monitore! Não deixe nenhuma informação pública para “não amigos” e confira sempre quem envia solicitações de amizade antes mesmo da pessoa ser aceita pela criança.

Fique sempre por perto quando seu filho estiver navegando e saiba quais são os sites que ele visita. Se for necessário, verifique o histórico com alguma frequência.

Fique atento às mudanças bruscas de comportamento. Por mais que elas não signifiquem, necessariamente, que um abuso ocorreu, podem ser sim um indício de que algo deixou a criança profundamente abalada.

Ensine seu filho a nomear as partes do corpo corretamente e diga quais delas não devem ser tocadas por outras pessoas.

Acredite no seu filho, se ele disser que está sendo vítima de abuso. Criar uma relação de confiança é fundamental.