Flagrar a babá agredindo alguma das crianças que ela supostamente deveria cuidar e proteger é um pesadelo que povoa a mente de toda mãe. Com a correria da vida moderna, é cada vez mais comuns que os pais precisem recorrer a ajuda de profissionais experientes para tomar conta de seus filhos e garantir que eles tenham uma rotina regrada, porém é preciso muita cautela para que a ajuda não se torne um enorme problema.

Baba1

Com medo de possíveis agressões e maus tratos, muitas famílias optam por instalar câmeras de segurança em suas residências, assim podem monitorar o dia-a-dia da criança enquanto estão no trabalho ou viajando. Apesar de eficaz a medida não é barata e muitos pais precisam pensar em outras alternativas.

A melhor opção, como em muitos casos de abuso que já relatamos aqui, é manter sempre um canal aberto para o diálogo com as crianças. É preciso conversar com eles e explicar quais são as atitudes que eles podem esperar das babás e quais devem ser relatadas o mais rápido possível. É imprescindível que os baixinhos saibam quais são as ações proibidas e que se sintam a vontade para contar quando algo acontecer. Além disso, é preciso sondar regularmente, perguntando quais as novidades do dia, o que ele mais gostou de fazer, o que menos gostou e tentar assim avaliar como o trabalho da babá está impactando sua vida. Os pais devem desconfiar também de manchas roxas, machucados no corpo e quedas frequentes relatadas por quem convive com a criança.

Baba2

Mesmo com todas as precauções tomadas, é necessário que os pais conheçam a personalidade do filho e fiquem atentos para mudanças de comportamento. Crianças falantes que se tornam caladas, bebês tranquilos que começam a dormir menos, tímidos que passam a tentar chamar a atenção a qualquer custo. Toda alteração repentina de humor deve ser investigada e, acreditem, dificilmente é à toa. Mudanças bruscas em hábitos alimentares e apetite também merecem atenção.

Traumas

Os danos causados à criança normalmente vão bem além dos físicos e podem se estender por toda infância e vida adulta se o tratamento adequado não for realizado. Depressão, baixa autoestima, medo excessivo, agressividade… muitas são as possibilidades e só um profissional da saúde poderá dizer de que forma aquela determinada criança está lidando com os maus tratos sofridos. A partir daí o tratamento será realizado para que a vítima entenda que não teve culpa do que aconteceu e que aquele fato isolado não irá se repetir.

Como denunciar

Os maus tratos sofridos por crianças e adolescentes estão descritos no Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n° 8069 de 13/07/1990, nos artigos 13 e 245. Existem no Brasil diversas entidades preocupadas com o bem-estar do menor. São elas:

– Conselhos Tutelares

– Juizado da Infância e da Juventude

– Autoridades Policiais

– Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude

– Centros de Defesa da Criança e do Adolescente

– Programa SOS Criança (FIA)

Os agressores podem responder tanto cível quanto criminalmente. O primeiro passo para as providências cabíveis serem tomadas é a denúncia.