A greve dos caminhoneiros mobilizou todo o Brasil. Parando seu trabalho, fechando estradas, promovendo a discussão com as autoridades, a categoria chamou atenção nacional e internacionalmente sobre as dificuldades burocráticas, tributárias e financeiras que enfrentam no dia a dia.
Os caminhoneiros mostraram a força de seu trabalho, muitas vezes invisível a tantos olhos. Sem eles, boa parte da economia beirou o colapso sem as entregas de suprimentos básicos na rotina de tantos brasileiros.
A greve dos caminhoneiros, assim como toda forma de manifestação pacífica da classe trabalhadora, é assegurada pela Constituição Federal, que garante a greve como um direito dos trabalhadores.
Mas, nem sempre ela acontece da melhor forma para empregados, patrões, autoridades e até mesmo pode atingir os demais setores da sociedade. Neste post, vamos abordar alguns aspectos da greve e como você deve agir em casos como esse.
> Saiba mais sobre as razões da greve dos caminhoneiros;
> Desdobramentos da manifestação em todo o país;
> Como agir em casos de greves que atingem vários setores da sociedade.
O que motivou a greve dos caminhoneiros?
A escalada do preço do barril de petróleo, bem como a constante alta do dólar, resultaram em no aumento nos preços dos combustíveis, tanto a gasolina, utilizada pelo cidadão comum, como o diesel, que movimenta os caminhões.
Somado a isso estão os altos valores de pedágios praticados nas estradas do país – que deveriam ser revertidos para melhorar a infraestrutura dessas rodovias, sendo que a realidade é outra: pistas que dificultam e prejudicam o dia a dia dos caminhoneiros.
Valores tão elevados para que o trabalho seja realizado e, em contrapartida, fretes baixos, têm desvalorizado cada vez mais o serviço desses trabalhadores, resultando em uma manifestação geral em todo o Brasil.
Desdobramentos e reflexo para o consumidor comum
Postos fechados sem combustível, mercados e comércios com falta de produtos, especialmente frutas, verduras, legumes e carnes, que são abastecidos semanalmente. Um cenário que remeteu os fãs de cultura pop a filmes e seriados que retratam um cenário apocalíptico.
A ideia da escassez de alimentos enquanto a greve dos caminhoneiros não chegava ao fim resultou em filas por toda a parte e prateleiras vazias. Ração não chegou a criadores, animais morreram, produção que precisou ser descartada. Comércio e produtores ainda calculam os prejuízos causados pelos dias de manifestação.
A greve chega ao décimo dia e, apesar das tentativas de acordo do governo e dos caminhões que já levam gasolina e etanol aos postos, nem todos os trabalhadores da categoria concordam que a greve chegou ao fim. Em menores proporções, mas ainda espalhados por todo o Brasil, alguns deles seguem parados e bloqueando estradas.
Como agir em manifestações como a greve dos caminhoneiros?
- Entenda os motivos – Antes de se posicionar contra ou a favor de manifestações, procure entender quais são as reivindicações de determinado setor;
- Fuja das confusões – Em momentos como esse, os ânimos tendem a ficar mais aflorados. Evite brigas por ideais. Caso você faça parte dos manifestantes, procure fazer valer os seus direitos de forma pacífica;
- Não entre em pânico – A greve dos caminhoneiros acendeu um alerta para quase toda a população: a necessidade desses trabalhadores na rotina de todos os brasileiros. Portanto, não entre em pânico sobre a falta de suprimentos. O nervosismo e o caos geral dificultam ainda mais em momentos como esse;
- Aja racionalmente – Em casos como a greve dos caminhoneiros, muitos foram tomados pela emoção e pelo medo e acabaram fazendo estoques desnecessários, esvaziando supermercados e deixando outras pessoas sem possibilidades;
- Não acredite em tudo o que você vê ou ouve por aí – Quando as manifestações começam a tomar grandes proporções, mensagens e áudios via WhatsApp e as famosas fake news começam a tomar conta de toda a web. Procure sempre fontes confiáveis para estar informado corretamente sobre o que está acontecendo!
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