Deixar as crianças na escola e sair para trabalhar é um momento de tranquilidade para a grande maioria dos pais, que se sentem seguros ao saber que os pequenos estarão supervisionados, em um ambiente educativo e preparado para elas. E é por isso que a população se choca tanto quando casos de atentados acontecem.

Além de tirar a vida de inocentes, os ataques à colégios também provocam uma indignação coletiva, uma sensação de insegurança e um questionamento: o que leva alguém a cometer tais atrocidades?

saida das escolas

Por mais chocantes que sejam os casos, relembrar os atentados que já ocorreram em escolas no Brasil e no mundo é uma forma de repensar a segurança, tentar entender onde ela poderia ser aprimorada e refletir sobre os transtornos psicológicos que motivam tais atos.

Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (Brasil), 2019

Um dos casos mais recentes noticiados aconteceu no Brasil. Em março de 2019 os jovens Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique Castro, 25, deixaram 10 mortos e 11 feridos ao realizar um ataque na escola onde estudaram na infância e em seus entornos. Após o ataque, eles se suicidaram.

O ataque foi feito durante o intervalo, quando os alunos se concentram fora das salas de aula. No horário do crime, só havia estudantes do ensino médio na escola. Antes invadirem a escola, eles balearam Jorge Antonio Morais, tio de Guilherme e dono de uma locadora de carros na região.

Santa Fe High School, no Texas (EUA), 2018

Neste atentado, novamente 10 pessoas foram vitimadas. O atirador, Dimitrios Pagourtzis, de 17 anos, agiu sozinho. O jovem usou uma espingarda e um revólver calibre 38 e atingiu 9 estudantes e um professor. Pagourtzis se rendeu quando a polícia chegou ao colégio e foi preso. Ele, na ocasião, confessou que tinha intenção de se suicidar, mas perdeu a coragem.

professores agredidos

Marjory Stoneman Douglas High School, na Flórida (EUA), 2018

O ataque, que deixou 17 mortos, foi cometido por Nikolas Cruz, de 19 anos. O rapaz, que está preso, havia sido expulso da escola por “motivos disciplinares”, o que levou a crer que a motivação para os atos tenha sido vingança.

Sandy Hook Elementary School, em Connecticut (EUA), 2012

Esse talvez seja um dos casos mais famosos da lista, justamente pelo grande número de vítimas. Ao todo, 27 pessoas foram mortas, incluindo o próprio atirador. Adam Lanza, de 20 anos, vitimou uma série de alunos e professores, incluindo sua própria mãe, que lecionava no local.

Realengo, no Rio de Janeiro (Brasil), 2011

Primeiro ataque registrado no Brasil, o atentado à Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, fez com que os brasileiros passassem horas em frente à televisão em busca de notícias sobre as vítimas.

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra estudantes em salas de aula lotadas. Ele era ex-aluno do colégio e existem relatos de que sofreu bullying no período em que frequentou o local. Ele matou 12 adolescentes e, em seguida, se matou.

Segurança nas escolas

Columbine High School, Colorado (EUA), em 1999 – 15 mortos

Esse sim o caso mais famoso da lista, que já se tornou filme, documentário e é sempre citado quando um novo caso acontece. Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, atiraram contra estudantes e professores e mataram 13 alunos e um professor, antes de trocarem tiros com a polícia. Durante o confronto, ambos se suicidaram. O massacre comoveu o mundo e se tornou um marco na história americana.