Você se sente seguro onde mora? Constantemente vê pessoas e casos estranhos acontecendo por perto? A resposta e a mudança podem estar dentro do próprio bairro. O programa Vizinhança Solidária age como uma forma de prevenção contra a criminalidade, unindo e aproximando a comunidade das autoridades da Polícia MIlitar.
Mas como isso funciona? Posso implantar no meu bairro? A resposta para essas e outras perguntas você encontra neste post completo do VS sobre o assunto. E também vai saber:
> O que é o Vizinhança Solidária e onde atua;
> Como é feito, na prática, a aproximação e o trabalho nos bairros;
> A opinião da moradora de uma rua atendida pelo programa;
> Como aderir ao Vizinhança Solidária.
O que é o programa Vizinhança Solidária?
Melhor do que alertar as autoridades sobre problemas que ocorreram na rua onde você mora ou no seu bairro, é poder prevenir, com a ajuda de outros moradores, para que os casos de violência nem mesmo aconteçam.
É assim que funciona o programa, estreitando laços de amizade e aproximando a população da Polícia Militar. Os moradores previnem pequenos delitos e atuam em contato direto com a polícia, que faz rondas constantes e entende as necessidades dos cidadãos daquela região.
O bairro ou as ruas que aderem ao programa são identificadas por meio de comunicação visual. Com autorização da Prefeitura e modelo fornecido pela própria PM, os moradores produzem faixas por conta própria identificando que aquele espaço faz parte do Vizinhança Solidária, assim como placas individuais em cada residência.
Também são criados grupos no WhatsApp com os moradores participantes e os policiais envolvidos no programa naquela região. O contato e a proximidade auxilia o entendimento sobre as necessidades de determinado local e há constante troca de informações entre comunidade e a PM.
Alcance – O programa Vizinhança Solidária é uma iniciativa da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Atualmente, são mais de 600 núcleos atendidos em todo o Estado. Embora todas as cidades ainda não tenham aderido, esse número tem crescido cada vez mais, já que os moradores têm demonstrado interesse nessa parceria entre cidadãos e autoridades.
Ação na prática
O programa atua com três formas de contato para aproximação. Quando um morador vê uma tentativa de furto de veículo ou um comportamento suspeito nas proximidades, ele liga diretamente para o batalhão ou companhia que atende aquela Vizinhança Solidária e fornece o maior número de informações e características possíveis. Simultaneamente, ele aciona o grupo do WhatsApp para passar as mesmas informações e, na sequência, liga para o 190 para cadastrar a ocorrência.
Essas três formas de acionar a polícia, além dos olhares atentos dos moradores, facilitam e agilizam a ação da corporação na resolução dos casos do bairro.
Participação ativa – Além de quando são acionados, parte da equipe do batalhão que faz parte do Vizinhança Solidária realiza rondas frequentes pelo bairro e atende ocorrências de acordo com a demanda de determinada região.
Visitas comunitárias e solidárias também fazem parte do trabalho. Atuante na 2ª Cia do 43° BPM/M que atende a comunidade que faz parte do programa nos bairros Santana, Mandaqui e Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, o Soldado Ligeiro explica como atuam nas visitas de rotina.
“Conhecemos os moradores pelo nome, criamos um laço de amizade, e quando fazemos a visita comunitária queremos entender como está o bairro, saber se está tudo bem. A visita solidária é quando acontece um raro caso de roubo ou furto nessa comunidade, então nós oferecemos conforto e explicamos os trâmites que devem ser feitos”.
Na companhia onde atua o Soldado Ligeiro, o Vizinhança Solidária conta com viaturas exclusivas para atendimento do programa. Além dele, uma equipe completa o trabalho dedicado à comunidade, que inclui também Coronel Rogério, Capitão Reco, Cabo Baptista, Cabo Gatinone, Soldado Ligeiro, Soldado Isis, Soldado Widmer, Soldado Wagner e Soldado Myleide.
“Só nessa região houve redução de 40% de índices criminais graças à união da Polícia Militar com a comunidade da área”.
Trabalho social – A aproximação com os cidadãos por meio do programa tangencia também as ações sociais. Os policiais envolvidos promovem projetos como a Páscoa Solidária, o Natal Solidário e, nos próximos meses, farão um curso especial de defesa pessoal feminina.
Vivendo em um bairro atendido pelo projeto
A comerciante Renata Berloffa de Azara mora no Tremembé, bairro que também fica na Zona Norte de São Paulo e é atendido pelo Vizinhança Solidária há pouco mais de um ano. Ela, que havia sido assaltada perto de casa antes do projeto ter início na região, diz que se sente mais segura com a ação dos policiais e a proximidade entre cidadãos e autoridades.
“Era uma sensação de insegurança constante com pessoas estranhas passando pela região, muitos assaltos e roubos. Com o Vizinhança Solidária mudou muito! Colocamos faixas, placas, os policiais sempre fazem rondas, são super ativos e dispostos a ajudar, e não tivemos mais assaltos. O contato com a polícia deixa de ser algo distante e isso facilita muito”.
Como fazer parte?
Você mora no Estado de São Paulo e quer incluir seu bairro ou sua rua no Vizinhança Solidária? O trabalho não tem custo para os cidadãos e é simples, veja como funciona:
- Um representante da rua deve se dirigir até a Companhia de Polícia Militar mais próxima ou o Conselho Comunitário de Segurança da localidade;
- É preenchido um requerimento de análise de vulnerabilidade;
- São marcadas reuniões: uma na Companhia e outra na casa do morador, para que sejam avaliadas as necessidades;
- Assim que tudo esteja certo, os canais de comunicação são abertos, facilitando a proximidade, ao mesmo tempo que o trabalho de comunicação começa a ser feito na rua.
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