Um crime que choca e entristece quando aparece nos noticiários, mas que também acontece mais perto do que podemos imaginar. A exploração sexual de crianças e adolescentes é uma realidade marcada pela dor, sofrimento e trauma das vítimas desse abuso.
Diferente do que geralmente acontece no caso de estupro de mulheres adultas, que ocorre na rua com a abordagem de um desconhecido que se aproveita de determinada oportunidade, a violência sexual contra menores costuma acontecer dentro de casa e é praticada por conhecidos da vítima e de sua família.
Em 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Visando formas de proteger a infância e a juventude, vários municípios adotaram ações de conscientização e prevenção contra esse tipo de violência.
A equipe do VS também preparou um material completo para você saber mais sobre esse tipo de crime, como ele afeta a vida dos jovens até a vida adulta e como denunciá-lo.
> A exploração sexual de crianças e adolescentes: operação de combate à pornografia infantil;
> Perceba os sinais e proteja seu filho;
> Saiba como denunciar.
Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes
Segundo dados oficiais, entre 2016 e 2017, 22.324 casos foram relatados, sendo a grande maioria (14.647) de abuso sexual. As maiores vítimas desse crime são as meninas (67,7%), geralmente na faixa etária de até 11 anos de idade.
O abuso sexual pode acontecer até sem mesmo sem que haja nenhum tipo de contato físico com a criança. Exibir vídeos pornográficos para o menor e praticar sexo com outro adulto na frente da criança são atos que já caracterizam o crime.
Na mesma semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 251 pessoas foram presas no Brasil durante a maior operação de combate à pornografia infantil já realizada no país.
Exploração sexual – A exploração de jovens nas ruas e estradas do país representam 17% dos casos investigados. As menores mantém relações sexuais em troca de dinheiro com homens adultos sem nem mesmo perceberem que estão fazendo parte de um esquema criminoso que expõe meninas e adolescentes.
Por conta desse tipo de crime, que na maior parte das vezes não é denunciado, a Polícia Rodoviária Federal atua em pontos vulneráveis do Brasil e realiza fiscalizações.
Proteja seus filhos!
O número de denúncias de crimes como abuso e exploração sexual infantil tem aumentado em todo o país, subindo 27,4% só no período entre os anos de 2016 e 2017.
Esse tipo de violência pode acontecer dentro de casa, e o agressor, além de não levantar suspeitas, geralmente também ameaça a criança ou o adolescente, que pode ter que enfrentar o trauma psicológico e emocional por muito tempo.
Alguns sinais são fundamentais para que você possa identificar se seu filho está sendo vítima de algum tipo de abuso:
- Submissão extrema, tristeza, pouco ânimo para voltar para casa;
- Medo, pouco contato visual, “olhos baixos”;
- Alterações no sono;
- Agressividade ou pouco interesse em socializar;
- Maturidade exagerada ou sexualização de brincadeiras;
- Dificuldade de concentração na escola e queda no desempenho;
- Falta de confiança nas pessoas e medo dos adultos, especialmente os de determinado sexo;
- Sentimento de culpa, comportamentos de automutilação.
Fique atento e, caso seu filho apresente algumas dessas posturas, converse e faça com que a criança ou o adolescente se sinta seguro para contar a verdade.
O processo é difícil e devastador para toda a família, mas o menor precisa sentir o apoio e proteção de todos ao seu redor. Faça a denúncia e busque apoio psicológico para que ele possa superar esse trauma que pode acompanhá-lo até a fase adulta sem o tratamento adequado.
Denuncie!
Uma das armas para acabar com a exploração sexual de menores é quebrar o silêncio. Ainda que o agressor seja uma pessoa da família ou conhecida, ela precisa ser denunciada e pagar por esse crime.
O Disque 100 é o telefone que recebe as denúncias de abusos contra menores. Não é preciso se identificar.
Além disso, o aviso sobre o crime pode ser feito diretamente nos conselhos tutelares e nas delegacias especializadas no atendimento às crianças e adolescentes.
Leia também
Cartilha Educativa – Violência e abuso contra adolescentes
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