Tendo já ultrapassado a marca de U$ 1 bilhão de usuários cadastrados, o Instagram se consolidou como uma das grandes redes sociais mundiais. Como não poderia deixar de ser, principalmente em uma plataforma de compartilhamento de imagens, a cada dia se proliferam mais lojas, vendedores de serviços e pequenos comércios. Atualmente são mais de 25 milhões de perfis são voltados para compra e venda.
Segundo dados de 2017 do Instagram, mais de 200 milhões de pessoas visitavam pelo menos um perfil de negócios na rede social. E, assim como já vimos aqui anteriormente, onde há venda de produtos, há espaço para golpes.
Assim como os números da rede, as denúncias crescem dia após dia. A maior pare delas diz respeito a produtos pagos e nunca entregues. Além dos casos em que o item foi entregue, mas não condizia com o que foi anunciado.
Em buscas no “Reclame Aqui”, é possível encontrar pessoas que denunciam lojas presentes no Instagram e que vendem produtos que nunca entregam. Algumas têm até CNPJ e geralmente trabalham fazendo a cobrança por boleto bancário.
Em entrevista recente ao portal G1, a rede afirmou que “produtos falsificados e atividades fraudulentas prejudicam a experiência do usuário e que esse tipo de comportamento não é tolerado no Instagram”.
De fato o Instagram tem sistemas implementados para nos ajudar a detectar e remover atividades suspeitas, antes mesmo de algum consumidor ser afetado. Além disso, os usuários podem denunciar qualquer tipo de publicação que julgarem impróprias.
Mas o que acontece é que a dificuldade de detectar essas fraudes é muito grande. Os anúncios, normalmente, são bastante convincentes e até que a primeira pessoa seja vítima, é realmente complicado que a plataforma consiga se livrar de todos.
Políticas do Instagram
Existem dois tipos de conta no Instagram, pessoais e comerciais. Não existem restrições para que uma conta seja transformada em comercial, mas recomenda-se que ela seja vinculada a uma página de empresa já existente no Facebook. Com essa conta, o usuário consegue ter acesso a mais informações sobre o público que o acompanha e, dessa forma, entender melhor a audiência que possui.
Tanto nos termos de uso do Instagram quanto do Facebook, há menção clara à atividade comercial por meio das redes. O primeiro diz que: “Se um usuário do Instagram se oferecer para vender algo a você, recomendamos que ignore. Infelizmente, não poderemos ajudar se você comprar algo de uma pessoa desonesta no Instagram”. Já o Facebook informa que publicidade com conteúdo falso, equivocado ou sensacionalista são proibidos.
É por esse motivo, inclusive, que fica ainda mais difícil saber quando a empresa é fraudulenta ou não. Isso porque o contato entre consumidor e loja é feito pela plataforma, mas toda a transação financeira acontece fora dali.
Cuidados que podem ajudar
– Desconfiar de qualquer empresa que ofereça produtos com preço muito abaixo do mercado
– Conferir sempre a reputação do site no “Reclame Aqui”
– Clicar em “mais informações” no perfil do Instagram e checar se a conta é recente ou foi criada há mais tempo.
– Registrar todo o processo de compra com prints da tela
– Verificar a origem da empresa e se ela tem canais de atendimento ao consumidor
– Contatar a empresa antes de concluir a compra
– Garantir que a compra está sendo feita em uma rede segura, como Mercado Pago, PagSeguro, entre outros
– Evitar boletos e transferências bancárias
Como denunciar
Se mesmo seguindo os passos acima você for vítima, não se esqueça de sempre denunciar! Só assim você contribui para que mais pessoas não sejam lesadas e tem mais chances de recuperar o seu dinheiro.
Denuncie o perfil, entre em contato imediatamente com o Procon, publique no Reclame Aqui e procure a Delegacia de Crimes Virtuais da sua cidade!
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