Os ciclistas de São Paulo receberam uma notícia animadora esta semana em busca da segurança no trânsito. A quantidade de acidentes de trânsito, envolvendo todos os tipos de veículos, caiu 38% em média, por ano, nos trechos da Zona Oeste onde foram implantadas ciclofaixas e ciclovias, de acordo estudos divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
A região avaliada conta com 64 ciclofaixas e ciclovias. Entre os anos de 2011 e 2016 – antes da implantação das faixas para ciclistas – esses trechos apresentaram uma média anual de 607 acidentes, envolvendo bicicletas, motos, carros, ônibus e caminhões. Após a construção das faixas e vias, a média anual caiu para 378.
Em relatório, a equipe técnica da CET explicou que a segurança no trânsito aumentou para todos que circulavam nesses trechos devido a implantação de ciclofaixas e ciclovias.
Números não tão bons no Estado
Se a quantidade de acidentes com todos os veículos caiu na cidade, no Estado de São Paulo os acidentes com ciclistas subiram 9,25% em 2018, em comparação com 2017, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga) do governo do estado.
Ano passado 393 registros de ocorrências envolvendo bicicletas foram registrados, contra 355 em 2017. Assim como o número de usuários de bicicletas vem crescendo no estado, infelizmente o número de mortes, também. Foram 16 ciclistas mortos atropelados de janeiro e setembro do ano passado.
Se o aumento de ciclofaixas na capital auxiliou na segurança no trânsito, a falta de espaços exclusivos para os ciclistas no estado é uma das principais causas do aumento dos acidentes. Quando não há espaço para as bicicletas, ciclistas se arriscam no meio dos carros.
No litoral a realidade melhora
Contrariando as estatísticas estaduais, a cidade de Santos, no litoral sul de São Paulo, reduziu em 55% os acidentes de trânsito envolvendo ciclistas nos últimos dez anos, de acordo com estudo divulgado pela CET no final do ano passado. Em 2017, foram 216 ocorrências, contra o 481 em 2007. As mortes, que já eram poucas, caíram também, de sete para cinco.
O município desenvolve programas de Educação para o Trânsito e realiza campanhas específicas para ciclistas, com palestras e curso gratuito para quem teve a bicicleta retida em fiscalização. A malha cicloviária atual de Santos possui 43,3 km de extensão, distribuídos em 20 ciclovias.
Em Santos, cuidar do trânsito é pensar na segurança das famílias. A estimativa é de que, em Santos, ocorram cerca de 35 mil viagens sob duas rodas por dia. São aproximadamente dois mil ciclistas por hora, que se dirigem à cidade especialmente nos horários de pico (entre 6h e 9h da manhã), via balsa (Guarujá) e cruzando a divisa por São Vicente.
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