A cena é comum e fácil de encontrar por aí: jovens com seus smartphones conversam com amigos, acessam redes sociais, tiram fotos e fazem uma série de postagens que são disseminadas para milhões de outras pessoas na rede mundial de computadores. Mas você sabe o que o que fazem os adolescentes na internet?
Se você é mãe ou pai, sua resposta para essa pergunta deveria ser “sim”. É fundamental orientar e ter certa forma de controlar o que crianças e adolescentes buscam, veem, fazem, dizem e publicam em um mundo tão vasto como a internet.
A pesquisa TIC Kids Online, divulgada pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), aponta que, em 2016, 10% dos adolescentes entre 11 e 17 anos já tiveram contato com conteúdos sobre como cometer suicídio e materiais sobre uso de drogas.
Os que acessaram conteúdos sobre como machucar a si mesmos somam 13% e os que procuraram receitas para ficarem muito magros representam 20% dessa categoria.
Os números preocupam e alarmam sobre o comportamento dos jovens na internet, já que reflete parte dos seus anseios e até mesmo desejos pessoais. Pensando nisso, o VS preparou um post exclusivo para que você entenda mais sobre crianças e adolescentes na internet e evite seus filhos, irmãos ou até primos mais novos tenham contato com materiais inadequados para essa faixa etária.
Você vai ver:
> O comportamento dos adolescentes na internet;
> Casos e consequências do uso da rede mundial de computadores sem a supervisão e orientação de um adulto;
> Controle de acesso: evite que crianças e jovens tenham contato com conteúdos inadequados.
Adolescentes na internet
A web funciona como uma verdadeira porta aberta para o que há no mundo lá fora. Ela ajuda crianças e adolescentes em estudos, trabalhos e a descobrirem muitas coisas novas. No entanto, da mesma maneira que a rede pode auxiliar, também oferece risco quando utilizada sem orientação.
De acordo com a pesquisa, 82% das crianças e adolescentes brasileiros de 9 a 17 anos são usuários da internet, número que representa mais de 24 milhões de pessoas.
Mais de 82% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos usam a internet no Brasil.
E o que esses dados querem dizer? Que nossos jovens usufruem dos benefícios da web, mas, ao mesmo tempo, também ficam expostos a conteúdos inadequados e que influenciam a comportamentos destrutivos, como o uso de drogas, a vaidade em excesso, e até mesmo o suicídio.
Supervisão é proteção
O estudo faz um alerta para as buscas de crianças e adolescentes na internet, mas e quanto àqueles que buscam por eles?
A internet tem um importante papel de conectar pessoas e diminuir distâncias. A febre pelas redes sociais atinge também os mais jovens. Mas você sabe com quem seu filho, criança ou adolescente, está conversando? Quem são essas amizades por trás de fotos e perfis?
Pessoas mal intencionadas e pedófilos podem se esconder utilizando perfis falsos que buscam amizades com jovens e adolescentes. Os responsáveis pela criança ou pelo adolescente precisam estar atentos sobre suas atividades na internet para evitar a aproximação com desconhecidos.
O controle e a aproximação dos pais dos adolescentes na internet é fundamental para que saibam quais são seus principais interesses na rede e com quem se comunicam, descartando a possibilidade que acreditem em possíveis mentiras criadas pelos jovens para que suas reais intenções não sejam descobertas pelos mais velhos.
Esse foi o caso que aconteceu com uma adolescente de 15 anos de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Depois de pedir à mãe para ir em uma festa com as amigas da mesma idade, prometendo voltar no mesmo dia, a jovem ficou desaparecida por uma semana, sem contato ou notícias para a família.
O motivo foi um encontro romântico com um homem que havia conhecido pela internet e com quem se encontraria pela primeira vez. Por sorte e diferente de outras histórias do mesmo gênero, a menina reapareceu, bem, uma semana depois, quando o caso foi divulgado pela imprensa.
Oriente!
Assim como em outros aspectos de um relacionamento entre pais e filhos, o diálogo sempre é a melhor forma de evitar possíveis problemas.
A repreensão de crianças e adolescentes na internet não resolve, constrange e pode agir como um entrave para que o jovem se abra sobre suas atividades e expectativas quando usa a web.
Pensando nisso, preparamos uma lista com dicas simples que podem evitar crimes gerados por pessoas mal intencionadas que usam a rede mundial de computadores.
- Converse! Crianças e adolescentes tendem a se aproximar mais dos adultos que demonstram interesse e empatia por seus gostos, não por aqueles que repreendem suas preferências;
- Oriente! Além da conversa e da aproximação, é fundamental orientar sobre os riscos da internet. Ensine que nem todos os perfis são verdadeiros e que não se deve acreditar em tudo que vemos na internet;
A orientação ainda é a melhor forma de proteger o seu filho da ação de pessoas mal intencionadas.
- Alerte para que não postem ou passem informações pessoais, como endereço, informações da família ou mesmo sobre a rotina;
- Prontifique-se: seja como um porto seguro – caso a criança ou adolescente se sinta inseguro na internet, vai se sentir seguro com você e avisá-lo sobre o que está acontecendo;
- Controle o acesso: você pode proteger alguns sites impróprios para crianças e adolescentes na internet com um bloqueio ou mesmo com um acesso por senha;
- Esteja sempre por perto: saiba quem são os amigos do seu filho, o que ele gosta, e o que mais faz na internet;
- Sejam um time: faça com que o jovem se sinta à vontade para compartilhar todo tipo de assunto com você, sem julgamentos.
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