Um crime quase perfeito. É assim que muitos criminosos possivelmente enxergam o roubo de caixa eletrônico. A ação pode acontecer na calada da noite, sem testemunhas ou vítimas, sendo necessários poucos segundos para conseguir grandes quantias de dinheiro.

A tecnologia e a estratégia de roubo dos ladrões evoluem rapidamente, mas as centrais de segurança e as autoridades estão cada vez mais alertas para posturas suspeitas. O estrago físico até pode ser feito, destruindo terminais bancários e partes de agências, mas na grande maioria dos casos, os bandidos são rapidamente detidos em flagrante pela polícia.

Apesar de tantas tentativas frustradas, a modalidade se espalha e cresce por todo o país. O Violência Social preparou um post completo para você saber mais sobre roubo de caixa eletrônico:

> Veja estatísticas e dados sobre o crime;

> Entenda como os bandidos agem;

> Estratégias para inibir o roubo: cédulas manchadas;

> Pena endurece para roubo de caixa eletrônico.

roubo de caixa eletrônico

 

Aumento do número de ocorrências

Somente no primeiro trimestre deste ano, o roubo de caixa eletrônico no estado do Rio de Janeiro teve crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 20 ocorrências de roubos de caixas eletrônicos, seja pela retirada completa do equipamento ou pela explosão deles. Em 2017, foram 14 casos nos primeiros três meses do ano.

São Paulo – Nos últimos três anos, os ataques a bancos e caixas eletrônicos atingiram 336 cidades de São Paulo, equivalente a metade do estado.

No primeiro bimestre de 2018, os registros de roubos e furtos a instituições financeiras e terminais bancários, tentados e consumados, foram 10,5% maiores que na mesma época do ano passado, chegando a 84 casos.

Como os bandidos agem?

A tecnologia permite ações engenhosas de criminosos no roubo de caixa eletrônico. Aparelhos, ferramentas, pendrives e até dispositivos inseridos nas máquinas que roubam informações ou mesmo envelopes de depósitos. São muitas as estratégias usadas pelos bandidos.

No entanto, uma das mais comuns ainda é a explosão de terminais. Apenas nos dois primeiros meses deste ano, 31 crimes em caixas eletrônicos tiveram uso de explosivos. Além de explodir terminais, os ladrões também optam por dinamitar os cofres das agências em busca de dinheiro.

Cédulas manchadas

Visando inibir a ação de bandidos e de forma que o comércio não estimule esse tipo de crime, os caixas eletrônicos contam com dispositivo antifurto que mancha as cédulas de rosa no momento em que o terminal é explodido.

De acordo com o Banco Central, essas notas manchadas de rosa deixam de ter validade e não devem ser aceitas por estabelecimentos. Além disso, o BC não efetua ressarcimento de notas manchadas frutos de roubos e furtos. A medida segue em vigor desde 2011.

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Pena endurece para ladrões

Em abril deste ano, o presidente Michel Temer sancionou projeto que endurece as penas para modalidades de roubo como o de caixas eletrônicos com uso de explosivos.

A mudança aumenta em dois terços a pena por roubo com uso de explosivos para destruir um obstáculo. Já o furto com uso de explosivos passa a ser furto qualificado, com pena de quatro a dez anos de prisão.

A proposta aprovada define que, caso o roubo resulte em lesão corporal grave, a punição passa a ser de sete a 18 anos de reclusão – até então, era de sete a 15 anos. Fica estabelecido, também, que os bancos serão obrigados a instalarem equipamentos para inutilizar as cédulas depositadas em caixas eletrônicos em caso de arrombamento, movimento brusco ou alta temperatura.

 

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