Depois de cinco anos em queda, as mortes no trânsito voltaram a crescer no Brasil. De acordo com dados do DPVAT (seguro obrigatório de automóveis), foram 41.151 vítimas de acidentes em 2017 contra 33.547 em 2016, representando uma preocupante alta de 23% no índice.
Excesso de velocidade, uso de celulares na direção, ultrapassagens em locais indevidos, ingestão de bebida alcoólica e imprudência ao volante estão entre os principais fatores que contribuem para o número crescente.
Em mês de conscientização sobre as mortes no trânsito e uma direção mais segura, o VS preparou um post especial!
> Violência no trânsito: entenda dados sobre o Brasil e o mundo;
> Menos acidentes, mais mortes – o cuidado com as motos;
> Prevenção e conscientização: Maio Amarelo;
> Atitudes seguras e prevenção contra acidentes.
Mortes no trânsito: panorama nacional e mundial
A violência, a falta de respeito e de prudência no trânsito matam diariamente e apontam uma realidade assustadora: 1,2 milhão de pessoas perdem a vida todos os anos devido ao trânsito em todo o mundo, enquanto outras 40 milhões ficam feridas.
Os acidentes de trânsito são os maiores responsáveis por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos.
O Brasil, por sua vez, é o quarto país com mais mortes no trânsito na América. Essa violência provocou um impacto econômico de R$ 199 bilhões no ano passado, ou 3,04% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Motos: risco em duas rodas
A ironia em meio aos números se dá porque nos últimos três anos, o volume de acidentes caiu pela metade, saindo de 763,4 mil em 2014 para 384 mil em 2017.
Para os especialistas, isso se dá como reflexo da recessão econômica: menos carros circulam nas ruas, gerando um menor número menor de acidentes. Por outro lado, com menos dinheiro no bolso os brasileiros optam pelas motos – mais baratas, mais econômicas e mais vulneráveis às consequências da violência no trânsito.
Segundo o estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o Brasil tinha 13,2 milhões de motos circulando no ano passado, 39% a mais que há oito anos, em 2009.
Maio Amarelo
Em maio de 2010, a ONU (Organização das Nações Unidas) definiu o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. A partir de maio de 2014, o movimento Maio Amarelo teve início com o objetivo de alertar e conscientizar motoristas sobre atitudes e riscos, reduzindo as taxas de mortes no trânsito.
Nessa época, o poder público coloca em pauta de maneira ainda mais intensa a segurança viária e a mobilização da sociedade para um trânsito mais seguro.
Previna-se contra os acidentes de trânsito!
Pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas. O trânsito é uma realidade diária para todos, independentemente do seu meio de transporte. No entanto, algumas atitudes em comum podem garantir menos mortes no trânsito e mais segurança para todos.
- Se for dirigir, não beba; e se beber, não dirija;
- Use sempre os acessórios para segurança: cinto de segurança para os automóveis e capacetes para motos e bicicletas;
- Cheque constantemente os elementos fundamentais de segurança, como os freios e os airbags, no caso dos carros;
- Faça revisões regularmente em seu veículo;
- Respeite as leis de trânsito, especialmente o semáforo;
- Esteja atento a tudo à sua volta: retrovisores são grandes amigos dos motoristas, por exemplo;
- Não faça ultrapassagens nem manobras proibidas ou que possam causar riscos a você e a outras pessoas;
- Respeite os limites de velocidade e evite correr;
- Mantenha uma distância confortável do veículo à frente;
- Use a tecnologia com sabedoria: GPS e celular podem ser grandes aliados no dia a dia, mas não devem ser utilizados quando você está dirigindo, nem mesmo pelos pedestres quando estão caminhando, já que podem causar acidentes;
- Caso tenha passado por uma situação adversa, ou mesmo um acidente sem gravidade, procure ajuda e evite brigas no trânsito.
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