A violência e a agressividade no meio esportivo são constantemente justificadas como a paixão pelo clube de coração. No entanto, essa postura só gera insegurança e medo para milhares de torcedores que querem vibrar junto com o time, e não transformar disputas saudáveis em campos de batalha. Reflexo desse conturbado cenário foi o ataque ao ônibus do Boca Juniors no último sábado, data que estava prevista para a final da Libertadores da América.

A segunda partida da final do campeonato entre os rivais argentinos River Plate e Boca Juniors, no estádio Monumental, em Buenos Aires, estava marcada para o último dia 24 de novembro. Mas o jogo precisou ser adiado porque torcedores do River Plate atacaram o ônibus que levava a equipe do Boca Juniors.

ônibus do Boca Juniors

Partida histórica que foi adiada entre os times argentinos seria disputada no estádio Monumental, em Buenos Aires

Uma sequência de atos de vandalismo, com objetos jogados contra o veículo, janelas quebradas e jogadores e comissão técnica atingidos pela confusão fez com que a partida precisasse ser remarcada.

Neste post, você vai entender melhor os acontecimentos e as consequências do ataque ao ônibus do Boca Juniors:

> Vandalismo e violência: a agressão ao time adversário;

> Torcedores e equipe do Boca Juniors saem prejudicados e feridos pelo ataque;

> Quando a violência tira parte do brilho de um clássico histórico.

 

Violência contra a equipe do Boca Juniors

A segunda partida da final da Copa Libertadores da América entre dois clubes argentinos era muito esperada no calendário do futebol mundial. No primeiro jogo, disputado na Bombonera, River Plate e Boca Juniors empataram em 2 a 2 em uma partida tranquila e sem incidentes nos arredores do bairro La Boca.

Já no último sábado, o ônibus do Boca Juniors deveria passar por um setor exclusivo e longe da torcida local. Por uma falha de segurança, esse encontro aconteceu e se tornou uma tragédia.

Torcedores passaram a arremessar contra o veículo todo tipo de objetos que encontravam pela frente, resultando em três janelas atingidas e quebradas.

Para conter o vandalismo e a violência, a polícia usou gás de pimenta contra a torcida, afetando também os jogadores do River.

 

Torcedores e equipes afetados pelo vandalismo

No futebol, até a rivalidade deveria ser levada na esportiva e de forma saudável. Não foi o que aconteceu no dia da grande final. Em meio à confusão, jogadores e comissão técnica do Boca Juniors foram atingidos.

Estilhaços dos vidros quebrados por pedras feriram jogadores como capitão Pablo Pérez, que sofreu um corte no braço e uma lesão no olho esquerdo e precisou ser atendido em uma clínica fora do estádio.

O atacante Carlos Tévez foi um dos atletas que cantavam dentro do ônibus e sentiram o efeito do gás de pimenta, que o levou a uma série de vômitos e mal estar.

 

Final adiada

ônibus do Boca Juniors

O grande jogo aguardado em todo o mundo precisou ser adiado e seria disputado no dia seguinte. Mas, sem condições emocionais e nem mesmo físicas de jogar um bom futebol, os jogadores do Boca Juniors fizeram um pedido formal à Conmebol que uma nova data fosse marcada.

Na próxima terça-feira, 27 de novembro, haverá uma reunião para que o novo dia seja definido e, então, divulgado para a imprensa e torcedores.

O dia que poderia entrar para a história do futebol como um grande clássico inesquecível se tornou sinônimo de vergonha e decepção. A prova de que fanatismo e vandalismo podem até rimar, mas não combinam com o verdadeiro espírito esportivo.

 

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