Até que ponto pode ser chamado de amor pelo esporte o fanatismo exacerbado? O tipo mais inconsequente desprende da paixão esportiva e tangencia a violência sem medidas. Dentro desse contexto, as ações dos hooligans estão entre as possíveis adversidades que mais preocupam na Copa do Mundo 2018, que tem a Rússia como sede.
Os hooligans são grupos que usam os conflitos e a violência como forma de identidade e de diferenciação em relação a torcedores de grupos rivais.
O Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BKA) divulgou um relatório que mostra que os torcedores organizados russos, chamados “ultras”, estão ansiosos pela Copa, sendo que alguns deles disseram que a competição seria um “festival de violência”.
Os ultras alemães, poloneses e sérvios também são citados no documento como motivo de preocupação. Outro alerta leva em conta os famosos “Barra Brava” argentinos que, segundo o Infobae fizeram um pacto com os torcedores organizados russos para enfrentarem os hooligans ingleses.
Preparamos um post completo para que você entenda mais sobre esses “torcedores” e o medo no que se refere a eles quando o assunto é a Copa do Mundo:
> Conheça a história dos hooligans e as principais ações violentas dos grupos;
> O medo da violência e do terrorismo durante a Copa;
> Saiba como as autoridades russas estão trabalhando para evitar essas ações.
Hooligans: origens e ações violentas
Embora a origem da palavra ‘hooligan’ seja incerta, mas é bem provável que o termo esteja relacionado ao sobrenome Hoolihan, de um personagem irlandês brigão que fazia parte de uma série de tirinhas de um jornal britânico.
Desde o nascimento do futebol, o esporte sempre foi rodeado por brigas generalizadas e conflitos entre preferências. A partir de 1890, essas confusões passaram a ser chamadas de hooliganismo.
Foi a partir da década de 1960 que isso tomou proporções ainda maiores. O patriotismo e a xenofobia invadiram o ambiente futebolístico e suas torcidas. Grupos de origem ou ideologia em comum passaram a se unir porque viam no futebol a oportunidade de enfrentarem seus rivais em busca de pertencimento e dominância.
A partir dessa mesma época, as torcidas passaram a demonstrar um nível de organização que, até então, não havia sido visto antes: brasões, bandeiras, slogans e músicas que exaltavam a torcida, mas nem sempre o time.
Desde então, o termo “hooligans” é associado aos conflitos de grupos em torno da cultura do futebol – especialmente o europeu.
Quando o assunto é a violência nas ações dos hooligans, um dos casos mais recentes se destaca: em 2016, antes de um jogo da Eurocopa entre Inglaterra e Rússia, hooligans ingleses e russos criaram confusão, brigaram e enfrentaram a polícia nas ruas de Marselha, na França. Além do clima de conflito e medo, a briga deixou alguns dos participantes gravemente feridos.
Insegurança durante a Copa
Além das ações dos hooligans, outro alerta que põe as autoridades russas para um trabalho ainda mais intenso de controle e vigilância é a possibilidade de um ataque terrorista.
Bem antes da proximidade da Copa do Mundo, o Estado Islâmico havia divulgado um cartaz em que mostrava o argentino Messi ferido, uma referência às ações que o grupo extremistra planejada para o período de competição na Rússia. O movimento conta, também, com muitos militantes de origem russa.
De que forma evitar?
As autoridades policiais russas trabalham constantemente para evitar que torcedores vindos de todo o mundo sofram algum tipo de violência durante a Copa do Mundo 2018. O maior país do mundo em território já divulgou algumas das medidas que estão sendo tomadas para evitar a ação dos hooligans ou a possibilidade de um ataque terrorista:
- Detectores de metais e policiamento intenso em diversos lugares públicos e, principalmente, nos estádios que receberão os jogos;
- Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, todos os torcedores serão identificados;
- Proibição de 456 torcedores russos de entrarem no estádio devido a um histórico de brigas e confusões;
- Em frente aos estádios, carros são constantemente revistados.
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