Pais que mataram os filhos, os assassinos dentro de casa

Crimes podem revelar também problemas psicológicos e psiquiátricos de quem os comete

Mãe e pai são os grandes símbolos familiares do amor incondicional e do cuidado com os filhos, mas isso não se aplica a todos os casos. Muitas vezes aqueles que deveriam amar incorporam a figura do medo e do terror dentro das próprias casas, e não são tão raros nos noticiários os casos de pais que mataram os filhos.

Problemas psicológicos, financeiros, distúrbios momentâneos ou até mesmo um ato brutal de vingança contra o cônjuge. Embora nada justifique o ato, esse tipo de violência pode ter inúmeras origens, mas causa comoção geral dada a mudança de valores que ocasiona o crime.

Segundo especialistas, as matanças em família representam de 1 a 4% de todos os assassinatos cometidos, no entanto, a brutalidade com que acontecem choca e se torna cada vez mais comum ver sobre esse tipo de crime nos noticiários.

A equipe do Violência Social preparou um post completo para você entender um pouco mais sobre o assunto:

> Pais que mataram os filhos: motivações e situações em que o crime mais acontece;

> O caso do pai que matou os filhos de 1 e 3 anos para se vingar da mãe das crianças;

> Saiba como denunciar casos de violência contra os filhos.

 

Pais que mataram os filhos: motivações e ocorrências

O assassinato dos próprios filhos pode ser considerado um assunto tabu, já que o amor materno e paterno costuma ser considerado incondicional e inquestionável.

Por outro lado, casos de pais que mataram os filhos são mais comuns do que se imagina e, psicologicamente falando, estão sempre associados a questões específicas, como: surtos psicóticos, quando os pais não desejam a criança; vingança contra o cônjuge ou ex-cônjuge; negligência e descuido; ou mesmo quando os pais acreditam estar fazendo algo benéfico para o filho.

Perfil – Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com base em assassinatos de filhos cometidos entre 1958 e 2002 revelou que pais são responsáveis por 67% das mortes e as mães, por 33%.

Os pais tendem a matar crianças mais velhas, com oito anos de idade em média, enquanto as mães matam bebês mais novos, com até quatro anos – muitas vezes em decorrência da depressão pós-parto.

 

Vingança e tragédia: assassinato dos próprios filhos e suicídio

Gustavo Santos, de três anos, e Bernardo Alves, de um ano, foram encontrados mortos em Boituva, no interior de São Paulo. O assassino das crianças foi o próprio pai, Raí Santos, de 23 anos, que cometeu o suicídio na sequência.

O pai buscou os pequenos na escola e, depois disso, ninguém da família soube mais notícias dos menores. O caso passou a ser tratado como um sequestro.

Três dias depois, foram encontrados os corpos dos três. A tragédia tinha ainda traços sádicos e os irmãos foram colocados abraçados, da mesma forma que costumavam dormir, antes que o pai pusesse fim à própria vida.

Raí Santos já havia feito ameaças sobre matar os filhos, e a principal motivação investigada sobre o caso é de uma vingança contra a ex-mulher.

 

Denuncie!

Em boa parte dos casos, pais que mataram os filhos fizeram ameaças e falaram sobre suas intenções antes de praticarem os crimes. Por isso, fique atento!

Se você souber de casos de violência contra os filhos ou de pais que ameaçam a integridade física das crianças, denuncie! Saiba como:

 

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