Abandono de crianças, dor e sofrimento que começam cedo

Violência, negligência e abandono. A situação de crianças e adolescentes preocupa no Brasil; saiba como denunciar

Formar uma família, criar os filhos com muito amor e carinho. No entanto, nem todos os pais e mães pensam dessa maneira. Enquanto uns sonham com o teste positivo ou aguardam na fila da adoção, outros tratam como descartável um vínculo que deveria ser eterno. O abandono de crianças é uma realidade no Brasil e alerta para a situação dos mais vulneráveis.

Em 2016, o Disque 100, canal do Ministério de Direitos Humanos, recebeu 144.580 denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes. Foram 396 ocorrências por dia ou 16 casos por hora.

Os números fazem parte do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil, elaborado pela Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo).

Além do abandono de crianças, as denúncias mais recebidas por meio do canal são por negligência (71,3%), agressão psicológica (44,5%) e violência física (42,1%), sendo que em uma ocorrência pode ser relatado mais de um tipo de violação.

Os principais denunciados são as mães (41% dos casos), os pais (18%) e cerca de 53% das situações acontecem dentro da casa da própria criança.

Além da violência e do abandono de crianças, entra em pauta também a rejeição e a morte de bebês crianças e adolescentes, incapazes de se defenderem. O assunto é delicado, mas falar sobre um assunto como esse é também questioná-lo rumo a um cenário de mudança. Neste post você vai ver:

> Abandono de crianças: problemas com os pais e dependência química;

> Vidas tratadas como lixo: bebês que são abandonados ou mortos pelos próprios pais;

> Denuncie maus tratos e casos de abandono de crianças e adolescentes.

Dependência química e abandono

O abandono de crianças é intensificado ainda mais quando o assunto são mulheres e mães dependentes químicas. Anualmente, cerca de 100 crianças são abandonadas somente no estado de São Paulo por mães dependentes de crack.

Muitas chegam em trabalho de parto ainda sob efeito de drogas ou precisam de ajudas iniciais ainda na Cracolândia. Sem condições financeiras e psicológicas, frequentemente elas abandonam os filhos ainda nos hospitais e os bebês são levados para abrigos.

Brutalidade e covardia: bebês assassinados pelos próprios pais

Se, de um lado, o abandono de crianças e adolescentes preocupa, de outro, um crime sem sobreviventes assusta pelas características de brutalidade e covardia contra vulneráveis.

Anualmente, muitos bebês são descartados em lixeiras e depósitos. Alguns poucos sobrevivem, mesmo abandonados à própria sorte, mas a maioria não resiste e entra para uma estatística incapaz de definir um número real sobre um crime tão assombroso.

Em um dos mais recentes casos, em Santos, no litoral de São Paulo, uma recém-nascida foi encontrada morta em um contêiner de lixo por um catador de latinhas que vasculhava a lixeira em um dos bairros mais tradicionais da cidade.

A bebê foi envolvida em dois sacos plásticos, jornais, lenços umedecidos e uma fronha. Ela foi jogada do sexto andar pelo fosso de lixo do prédio de classe média em que a família morava. A queda resultou em um traumatismo craniano, motivo da morte da pequena.

A mãe poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver. O pai responderá em liberdade pelo favorecimento pessoal.

Denuncie!

O abandono de crianças e a falta de respeito a menores e incapazes é crime. Se você presenciar algo do tipo, denuncie! Saiba como:

 

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